Negócios

S&P reduz nota da BRF para "BB+", perspectiva negativa

A redução coloca a empresa em grau especulativo na escala da S&P. Antes do corte a nota ainda estava no patamar de grau de investimento, em "BBB-"

BRF: empresa encerrou 2017 com relação dívida líquida sobre Ebitda de 4,79 vezes ante 3,25 vezes no final de 2016 (BRF/Divulgação)

BRF: empresa encerrou 2017 com relação dívida líquida sobre Ebitda de 4,79 vezes ante 3,25 vezes no final de 2016 (BRF/Divulgação)

R

Reuters

Publicado em 16 de março de 2018 às 20h24.

São Paulo - A agência de classificação de risco Standard & Poor's reduziu para "BB+" a nota de crédito da exportadora de carne de frango BRF, definindo a perspectiva como negativa, sinalizando que novos cortes podem ocorrer no curto prazo.

A redução coloca a empresa em grau especulativo na escala da S&P. Antes do corte a nota ainda estava no patamar de grau de investimento, em "BBB-".

"Os diversos eventos negativos recentes, somados a um balanço patrimonial mais fraco do que o histórico, deverão dificultar uma redução mais significativa da alavancagem da produtora brasileira de alimentos BRF no curto prazo, fatores estes que seriam essenciais para a manutenção do grau de investimento", afirmou a S&P em comunicado.

"A perspectiva negativa continua refletindo os desafios que a empresa enfrentará para recuperar suas margens e reduzir seu índice de dívida sobre EBITDA a um nível na faixa de 3,5 a 4,0 vezes em 2018. Ao mesmo tempo, um enfraquecimento da governança ou uma deterioração no acesso ao refinanciamento de dívidas também poderão afetar a qualidade de crédito da empresa", acrescentou a agência.

A BRF encerrou 2017 com relação dívida líquida sobre Ebitda de 4,79 vezes ante 3,25 vezes no final de 2016.

Acompanhe tudo sobre:BRFEmpresasRatingStandard & Poor's

Mais de Negócios

Setor de varejo e consumo lança manifesto alertando contra perigo das 'bets'

Onde está o Brasil no novo cenário de aportes em startups latinas — e o que olham os investidores

Tupperware entra em falência e credores disputam ativos da marca icônica

Num dos maiores cheques do ano, marketplace de atacados capta R$ 300 milhões rumo a 500 cidades