S&P: deflagrada na manhã desta segunda, a terceira fase da Carne Fraca foi batizada de Trapaça (Stan Honda/AFP)
Estadão Conteúdo
Publicado em 5 de março de 2018 às 17h29.
Última atualização em 5 de março de 2018 às 17h37.
São Paulo — A agência de classificação de risco S&P Global afirmou nesta segunda-feira, 5, que o rating em moeda estrangeira BBB- da BRF não é imediatamente afetado pela nova etapa da operação Carne Fraca, da Polícia Federal.
Deflagrada na manhã desta segunda, a terceira fase da Carne Fraca foi batizada de Trapaça e teve como alvo esquema de fraudes contra o Ministério da Agricultura e o mercado supostamente praticados por empresas do grupo BRF.
A operação da PF prendeu o ex-presidente da companhia Pedro Faria e o ex-vice Hélio Rubens Mendes dos Santos Júnior. Ambos serão mantidos em custódia temporariamente por cinco dias.
De acordo com a S&P Global, na revisão da perspectiva do rating da companhia em 23 de fevereiro, quando a perspectiva da nota passou de estável para negativa, a nota de gestão e governança também havia sido modificada.
"As cobranças, como parte da investigação, podem resultar na paralisação de algumas unidades, somando desafios operacionais e impedindo a desalavancagem", afirmou a S&P Global.
A S&P Global disse que vai monitorar o desenrolar das investigações e os impactos nas operações da empresa, principalmente em relação às restrições sobre exportações, danos de reputação e qualquer interrupção na estratégia atual da BRF.