A Sony Ericsson vendeu 7,6 milhões de celulares no segundo trimestre, abaixo da previsão de 8 a 11 milhões de unidades (Ian Walton/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 15 de julho de 2011 às 15h18.
Helsinque/Estocolmo - A Sony Ericsson prevê uma recuperação no segundo semestre deste ano, após registrar perdas no trimestre passado em decorrência da escassez de componentes causada pelo terremoto seguido de tsunami, em março, no Japão.
O presidente-executivo da empresa, Bert Nordberg, disse nesta sexta-feira que o prejuízo foi sentido principalmente no início do segundo trimestre e que os efeitos serão mínimos no período atual.
"Devem ocorrer respingos mínimos. No nosso plano, isso ficou para trás", afirmou ele à Reuters.
A Sony Ericsson vendeu 7,6 milhões de celulares no segundo trimestre, abaixo da previsão de 8 a 11 milhões de unidades. A contração da cadeia de fornecimento, decorrente do desastre de março, reduziu as vendas em 1,5 milhão de unidades.
"Os volumes ficaram bem abaixo do que esperávamos, e já estávamos abaixo do consenso", disse o analista Hakan Wranne, da Swedbank Markets.
As previsões da companhia para o segundo semestre consideram novos modelos de smartphones e uma menor escassez na cadeia de suprimentos. Nordberg afirmou que, apesar de um fraco trimestre, mantém a ambição de apresentar melhores resultados para o fechado de 2011.
Para isso, o lucro do segundo semestre teria de crescer 73 por cento, para 176 milhões de euros (249 milhões de dólares).
A companhia, cujo controle é compartilhado entre a sueca Ericsson e a japonesa Sony, registrou prejuízo antes de impostos de 42 milhões de euros (59 milhões de dólares) no segundo trimestre, interrompendo cinco períodos consecutivos de lucros. As previsões de analistas variaram de prejuízo de 68 milhões a lucro de 77 milhões de euros.
A Sony Ericsson tem cortado custos, o que incluiu a eliminação de cerca de 4 mil empregos, e focado em smartphones com margens mais elevadas, que permitem o acesso a redes sociais como o Facebook.
As vendas de smartphones aumentaram sobre o trimestre anterior, sendo que a parcela desses aparelhos nas vendas totais de celulares cresceu de 40 por cento, ao final de 2010, para 70 por cento agora.