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Solvay faz oferta de US$4,8 bilhões pela Rhodia

A empresa já vendeu sua unidade farmacêutica à parceira norte-americana Abbott Laboratories para obter a concorrente francesa

A aquisição irá aumentar a exposição da Solvay aos mercados emergentes, com mais peso nas vendas (Jean-Pierre Muller/AFP)

A aquisição irá aumentar a exposição da Solvay aos mercados emergentes, com mais peso nas vendas (Jean-Pierre Muller/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2011 às 10h57.

Amsterdã - O grupo químico belga Solvay está apostando nos mercados emergentes ao lançar nesta segunda-feira uma oferta de 3,4 bilhões de euros (4,8 bilhões de dólares) pela sua rival francesa Rhodia.

O negócio encerra a tentativa de Solvay de um ano por uma aquisição depois de vender sua unidade farmacêutica à parceira norte-americana Abbott Laboratories em setembro de 2009, por 4,5 bilhões de euros.

A oferta de 31,60 euros por ação da Rhodia, que foi aprovada pelo conselho diretor da empresa francesa, significa que a Solvay ainda terá caixa sobrando da venda de sua unidade farmacêutica.

O negócio irá aumentar significativamente a exposição da Solvay aos mercados emergentes, aumentando o peso das vendas nas economias de rápido crescimento a 40 por cento do total. A Rhodia é particularmente forte na China e no Brasil, e quase 50 por cento de suas vendas vieram das regiões de alto crescimento em 2010.

Também permitirá à Solvay entrar na área de produtos químicos especiais de margem mais alta, uma área fértil para fusões e aquisições no setor químico, à medida que algumas empresas buscam negócios mais lucrativos e se afastam das tradicionais produções de químicos de baixa margem.

O grupo holandês DSM NV comprou a fabricante de ingredientes para comida de bebê Martek por 1,1 bilhão de dólares e a DuPont & Co está fechando a compra da fabricante dinamarquesa de ingredientes e enzimas para alimentos Danisco.

Segundo rumores, o grupo de tintas holandês AkzoNobel também é um alvo de aquisição.

O analista Fabian Smeets, do ING, disse que a Rhodia, que fabrica plásticos de engenharia utilizados em carros, espessante para produtos para cabelo e pele e acetato de celulose para filtros de cigarro, provavelmente era a ação mais barata do setor químico europeu.

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