Inovações em mobilidade: globalmente, um em cada dois veículos está equipado com componentes da MAHLE (Mahle/Divulgação)
EXAME Solutions
Publicado em 4 de março de 2024 às 09h00.
Última atualização em 6 de março de 2024 às 16h15.
A crescente preocupação com questões ambientais tem levado setores econômicos inteiros a se reinventar para mitigar as mudanças climáticas. A indústria da mobilidade está no centro do debate sobre descarbonização, tendo a eletrificação como uma das opções. No entanto, existem outros caminhos complementares em direção a um futuro mais sustentável para a mobilidade, especialmente no Brasil, onde o setor automotivo ocupa a quarta posição entre os maiores emissores de CO2, atrás da agropecuária, mudanças no uso da terra e geração de energia.
Na visão da fabricante de tecnologias automotivas MAHLE, é comum que o debate sobre a descarbonização da mobilidade gire em torno do que sai do escapamento dos veículos, pois atualmente é sob essa ótica que os grandes mercados avaliam a emissão de CO2, mas essa é uma visão parcial, pois o ciclo completo, além das emissões do escapamento, deve considerar as outras fontes, como a fabricação dos automóveis, a produção e transporte do combustível, e claro, o destino dado aos veículos e seus componentes quando a vida útil chega ao fim, tal ciclo de emissões é conhecido como emissões do berço ao túmulo. A boa notícia é que o cenário brasileiro é favorável. “Com uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, o saldo de emissão de carbono de um veículo fabricado no Brasil é bem menor do que o feito em outras localidades do globo. Isso pode nos posicionar como um centro sustentável de produção de veículos e componentes para o mercado global”, destaca Everton Lopes, Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da MAHLE na América do Sul.
O sucesso dos biocombustíveis no mercado brasileiro é outro protagonista na mobilidade sustentável. Isso porque a cadeia produtiva do biocombustível envolve a geração de biomassa. Dessa forma, uma parte do carbono emitido pela queima do combustível é capturada, minimizando o impacto ambiental de seu uso para a mobilidade, ao contrário das opções fósseis e não renováveis, com resultado positivo imediato ao ser aplicado na frota atual, onde a tecnologia dominante ainda é o motor a combustão interna. Com esses fatores, é importante que o Brasil se mantenha na vanguarda dos biocombustíveis e biomateriais e amplie o seu uso dentro de seu território, com a elevação do percentual desses combustíveis renováveis na matriz energética, além de expandir outras fronteiras, como é o caso do biometano e hidrogênio de baixa intensidade de carbono. Como uma das principais parceiras internacionais para o desenvolvimento de tecnologias e fornecedora da indústria automotiva, a MAHLE está empenhada em moldar a mobilidade do futuro, com um enfoque nas áreas estratégicas da eletrificação inovadora, sistemas de gerenciamento térmico, bem como em novas tecnologias para reduzir as emissões de CO2 do motor a combustão, altamente eficientes com combustíveis sustentáveis. A empresa mantém sua tradição de inovação há mais de um século. No campo da mobilidade elétrica inovadora, a empresa tem realizado desenvolvimentos de motores elétricos inovadores, livres de elementos de terras raras e de alta eficiência, além de sistemas de carregamento para veículos elétricos sem fio, oferecendo ao mercado soluções mais sustentáveis.
No campo do gerenciamento térmico, além dos sistemas de ar-condicionado eficientes, a MAHLE tem concentrado esforços em soluções para o controle de temperatura dos componentes de veículos elétricos e células de combustível, como baterias, inversores, motores elétricos, entre outros. Uma inovação recente é o sistema de troca térmica para baterias, denominado MAHLE Bionic, esse conceito aplica-se ao design de produto baseado na natureza, promovendo maior eficiência de controle térmico das baterias, o que se traduz em autonomia e segurança.
Para os motores a combustão sustentáveis, a MAHLE continua liderando globalmente o desenvolvimento para o aumento da eficiência energética e redução das emissões de poluentes, seguindo as metas estabelecidas pelos programas globais, que no Brasil são regulamentados pelo ROTA2030 / MOVER e PROCONVE. Esses desenvolvimentos consideram além da evolução contínua do motor, também a ampliação do uso de novos combustíveis alternativos.
“Todas essas inovações, são realizadas e em seus 12 centros de pesquisa e desenvolvimento globais, levando em consideração todas as rotas tecnológicas mais promissoras, focando na diversidade necessária para promover uma mobilidade sustentável, agregando as necessidades econômicas, ambientais e sociais de todos os grandes mercados automotivos”, afirma Everton.
O centro de pesquisas em Jundiaí-SP, é um dos maiores centros de desenvolvimento de tecnologia de powertrain privado na América do Sul, contando com mais de 150 pesquisadores que desenvolvem projetos para todos os continentes, gerando diversas patentes anuais, garantindo a liderança tecnológica da empresa na região. São mais de 250.000 horas de testes e validações que ocorrem todos os anos, atendendo toda a indústria automotiva regional, entre montadoras e parceiros, além de uma conexão muito próxima com universidades para desenvolvimentos de projetos inovadores e mão de obra qualificada.
Considerando essa diversidade na mobilidade, a MAHLE aplica a estratégia de apoiar de forma plena a indústria automotiva a moldar a mobilidade do futuro, desenvolvendo tecnologias que atendam às necessidades dos diversos mercados em nível global, garantindo a mitigação dos impactos no clima pelo setor de transporte de forma rápida e efetiva.