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SoftBank foca investimentos em startups do seu portfólio na AL

A ideia é investir cerca de 50% do capital a ser empregado nos próximos 12 a 18 meses em companhias nas quais o grupo tem uma participação

Softbank: De acordo com Alex Szapiro, chefe do SoftBank no Brasil, os reinvestimentos do banco também visam aliviar as necessidades imediatas de caixa (Yuichi Yamazaki / Colaborador/Getty Images)

Softbank: De acordo com Alex Szapiro, chefe do SoftBank no Brasil, os reinvestimentos do banco também visam aliviar as necessidades imediatas de caixa (Yuichi Yamazaki / Colaborador/Getty Images)

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Agência de notícias

Publicado em 28 de fevereiro de 2023 às 12h15.

O SoftBank planeja concentrar seus investimentos na América Latina em startups que já estão no seu portfólio, a fim de ajudar a financiar fusões e aquisições em meio a uma queda no valor das empresas.

A ideia é investir cerca de 50% do capital a ser empregado nos próximos 12 a 18 meses em companhias nas quais o grupo tem uma participação, em comparação com 10% nos últimos anos, disse Alex Szapiro, chefe do SoftBank no Brasil, em entrevista em São Paulo.

Com alguns fundos de capital de risco se retirando da América Latina e a liquidez secando em um ambiente de altas taxas de juros, agora é um bom momento para apoiar as empresas de tecnologia mais inovadoras que o SoftBank tem em seu portfólio, disse ele.

“Houve empresas menores que até vieram bater na porta de empresas de nosso portfólio no ano passado com valuations que não faziam sentido”, disse Szapiro. “Essas empresas, hoje, talvez elas não cresceram tanto como elas imaginavam que iriam crescer e elas voltaram a bater na porta com valuations muito melhores e com negócios que fazem muito sentido.”

Os reinvestimentos do SoftBank também visam aliviar as necessidades imediatas de caixa, disse ele.

“Cerca de 80% das empresas do nosso portfólio na América Latina têm caixa para mais de 12 meses, então vão ter empresas que vão precisar de uma nova rodada de investimentos”, disse. Para evitar rodadas que reduzam o valor das empresas que estão na carteira do fundo com seus impactos negativos nas opções de ações dos funcionários, muitos investimentos estão sendo feitos usando dívida conversível em ações e outros tipos de transações estruturadas, disse ele.

O ritmo de investimento do SoftBank na América Latina diminuiu depois que o grupo chegou à toda em 2019 e começou a alocar um fundo de US$ 5 bilhões dedicado a startups na região. Cerca de 30 meses depois, anunciou um segundo fundo com US$ 3 bilhões. Até agora, comprometeu US$ 7,6 bilhões em capital na região com um valor justo atual de US$ 6,4 bilhões. O SoftBank é uma empresa de capital aberto e reavalia seu portfólio trimestralmente.

Szapiro foi fundador de empresas de tecnologia no final dos anos 90, incluindo a plataforma de comércio eletrônico Submarino, que acabou sendo adquirida pela Americanas. Ele iniciou os negócios locais da Apple e da Amazon quando eles se aventuraram no Brasil e está no SoftBank desde 2021.

Como managing partner do SoftBank Latin America Fund, ele se reporta ao presidente do SoftBank Group International, Alex Clavel, e trabalha ao lado do outro managing partner do fundo da América Latina, Juan Franck. O SoftBank possui 86 empresas em seu portfólio na América Latina, incluindo algumas das mais conhecidas da região, como a vendedora de carros usados Kavak, o serviço de entregas Rappi, o QuintoAndar, o Gympass e as fintechs Nubank e Banco Inter.

Entre as empresas mais novas que o entusiasmam, Szapiro mencionou a Olist, um mercado semelhante ao Shopify, e a Unico, uma startup de tecnologia de identificação que começou como uma empresa semelhante à DocuSign e evoluiu para fornecer verificações de identidade facial para bancos, entre outros serviços.

O SoftBank tem na sua carteira a 2TM, proprietária brasileira do Mercado Bitcoin, bem como a Bitso, com sede no México. Embora o mercado de criptomoedas tenha sofrido um golpe, o SoftBank ainda está otimista com a tecnologia por trás desses ativos digitais, disse ele.

O SoftBank está demandando que as empresas se tornem lucrativas mais rapidamente, mas não planeja vender por enquanto.

“Olhamos as coisas com um horizonte de 30 anos”, disse Szapiro.

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