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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.
Por Tim Hepher e Gernot Heller
PARIS/BERLIM, 15 de janeiro (Reuters) - Sócios no desenvolvimento do avião militar A400M, da Airbus, acertaram nesta sexta-feira que buscarão um acordo "aceitável" sobre um grande estouro de custos que ameaça o futuro do maior projeto militar da Europa.
A Alemanha, que até agora se opôs a fornecer mais ajuda do governo europeu para o cargueiro que já sofreu uma série de adiamentos, afirmou que compradores se comprometeram em se manter no projeto "mas não a qualquer preço" e sinalizou negociações com a Airbus nos próximos dias.
O A400M é a tentativa da Europa em construir um cargueiro de tropas e equipamentos pesados para missões militares e humanitárias globais a serem promovidas por sete países integrantes da Otan --Inglaterra, França, Alemanha, Espanha, Bélgica, Luxemburgo e Turquia.
O futuro do projeto tem sido ameaçado por uma alta de 55 por cento nos custos combinados de desenvolvimento e produção, ou 11 bilhões de euros (16 bilhões de dólares). O salto nos custos minimizou o sucesso de um voo feito no mês passado.
A controladora da Airbus, EADS, informou que está pronta para negociar um acordo de financiamento "aceitável" em um encontro com autoridades de defesa na próxima semana.
A Alemanha é até agora a maior cliente do A400M, tendo feito 60 de 180 encomendas do avião.
Berlim tem até agora rejeitado uma proposta da EADS para que os sete países que estão lançando o modelo paguem indiretamente pelo estouro nos custos de produção, calculado por fontes como chegando a 5,2 bilhões de euros. Mas o governo alemão deve estar inclinado a fazer um acordo sobre seus próprios termos.