Negócios

Só na China, Huawei vendeu mais celulares que a Apple no mundo todo

Foram vendidos 333,2 milhões de celulares entre março e junho deste ano

Huawei: empresa vendeu 8,3% mais celulares no segundo trimestre do ano (Kacper Pempel/Reuters)

Huawei: empresa vendeu 8,3% mais celulares no segundo trimestre do ano (Kacper Pempel/Reuters)

E

EFE

Publicado em 6 de agosto de 2019 às 09h04.

Madri — Apesar do veto anunciado em meados de maio pelo governo dos Estados Unidos, a Huawei vendeu 8,3% mais celulares no segundo trimestre do ano em comparação com o mesmo período no ano passado e, só na China, o número de aparelhos vendidos supera os que foram comercializados pela Apple no mundo inteiro.

Segundo dados divulgados pela consultora International Data Corporation (IDC), a Huawei vendeu 58,7 milhões de celulares entre abril e junho, sendo que 62% - 36,4 milhões de unidades - foram comercializados na China, batendo assim os 33,8 milhões de iPhones vendidos pela Apple no mundo no mesmo período.

A IDC explicou que, com as tensões entre a China e os EUA, a estratégia foi compensar as quedas registradas fora das fronteiras reforçando a distribuição de aparelhos no mercado nacional chinês. A ideia era vender mais celulares em cidades menores do país, onde a presença da Huawei é menor.

A tática deu resultado. A Huawei não só conseguiu driblar a crise aberta devido ao veto que Donald Trump decidiu aplicar para impedir que empresas americanas negociassem com ela, como se manteve como a segunda maior companhia no ranking de venda de celulares no mundo, atrás da Samsumg.

No entanto, a consultoria Counterpoint alertou que o impacto das tensões entre americanos e chineses será notado apenas no próximo trimestre. Isso poderia frustrar a meta da Huawei de ultrapassar a rival sul-coreana, vendeu 75,5 milhões de celulares entre abril e junho, 28,6% a mais do que a chinesa.

Enquanto as duas empresas seguem crescendo no mercado asiático, a Apple, terceira empresa a mais vender celulares no mundo, observou uma queda de 18,2% na comercialização de iPhones no segundo trimestre, de acordo com a IDC.

Mesmo assim, a Apple mantém uma fatia de mercado de 11,1%, atrás de Samsung (22%) e Huawei (17,2%), de acordo com dados da Strategy Analytics.

A queda das vendas de iPhones diminuiu o protagonismo do aparelho na receita líquida da Apple. O setor de serviços da empresa - que inclui a App Store - cresceu 12,6% no segundo trimestre, com faturamento de US$ 11,4 bilhões.

A companhia comandada por Tim Cook já havia anunciado que focaria no setor de serviços e conseguiu compensar assim os problemas do iPhone. A estratégia em diversificar os negócios se alinha com as previsões de que há uma saturação do mercado mundial de celulares.

Foram vendidos 333,2 milhões de celulares entre março e junho deste ano, segundo a IDC, o que representa uma queda de 2% em relação ao mesmo período do ano passado. A Counterpoint destacou que este foi o sétimo recuo trimestral seguido.

De qualquer forma, os números ainda impressionam. Todos os dias, 3,66 milhões de celulares são vendidos no mundo, uma média de 42 aparelhos por segundo.

Acompanhe tudo sobre:CelularesChinaHuawei

Mais de Negócios

Superlógica Next 2024: parceria com OpenAI traça o futuro do mercado condominial e imobiliário

A Black Friday 2024 vai bombar? E-commerce fatura R$ 1,3 bilhão em quarta-feira recorde

Com novas soluções para maior produtividade de hortaliças e frutas, BASF comemora resultados de 2024

Café de açaí? Essa empreendedora criou uma marca da bebida e hoje exporta para EUA e Alemanha