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Snapchat luta para não ser esmagado pelo Instagram

A companhia divulga balanço após modernizar o negócio em meio a gigantes que copiaram seus recursos, como os stories

Snapchat: a companhia também aposta em uma nova versão do seu aplicativo para Android. Ele é 25% menor do que o atual e é 20% mais veloz na sua execução (Dado Ruvic/Illustration/Reuters)

Snapchat: a companhia também aposta em uma nova versão do seu aplicativo para Android. Ele é 25% menor do que o atual e é 20% mais veloz na sua execução (Dado Ruvic/Illustration/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2019 às 06h38.

Última atualização em 23 de julho de 2019 às 06h45.

Se por um lado os negócios não vão muito bem para o Snapchat, por outro, a rede social não mostra sinais de que vai jogar a toalha. Nos últimos meses, a rede social voltada para jovens voltou a expandir o número de usuários enquanto diminui seus prejuízos fiscais.

Nesta terça-feira, 23, a Snap, dona do aplicativo, irá divulgar seu balanço do segundo trimestre. Será a primeira vez que modernizações como a inclusão de games serão sentidas nos lucros da empresa que luta para não ser esmagada por gigantes que copiaram seus recursos, como o Instagram

Lançado em 2011, o Snapchat logo popularizou seu modelo de troca de mensagens através de fotos e vídeos curtos e deu início à febre das conversas pelos snaps, que somem após serem visualizados. Junto, vieram os stories, que ficam no ar por apenas 24 horas. Cercada de concorrentes muito maiores, entretanto, a rede social viu seus principais recursos serem replicados em outros aplicativos. 

Em 2013, o Facebook chegou a fazer uma oferta de 3 bilhões de dólares pelo Snapchat. A rede social não aceitou a proposta e, três anos mais tarde, em 2016, o Instagram incorporou os stories. Hoje, não só o Instagram, mas também o próprio Facebook, o Messenger e o WhatsApp contam com a função inventada pela rival.

O número combinado de usuários do Facebook Story com o de stories do Messenger é de 300 milhões, segundo dados divulgados pela empresa em setembro de 2018. O Instagram Stories tinha 500 milhões de usuários diários, segundo dados de janeiro deste ano, e o WhatsApp Status tinha 450 milhões de usuários no segundo trimestre do ano passado.

Com o atropelo, o Snapchat viu seu negócio diminuir substancialmente, mas os resultados financeiros estão, ao menos, melhorando.

A companhia finalizou o primeiro trimestre de 2019 com um prejuízo líquido de 310 milhões de dólares ante uma baixa de 350 milhões dólares de um ano antes. O faturamento cresceu, de 286 milhões para 320 milhões de dólares. O número de usuários ativos também aumentou em 5%, indo a 190 milhões. 

Em abril, a Snap anunciou sua entrada no mercado de games. A mudança era esperada desde 2017, quando a gigante chinesa Tencent, uma das maiores desenvolvedoras de jogos do mundo, comprou 12% da rede social. 

A companhia também aposta em uma nova versão do seu aplicativo para smartphones Android. Ele é 25% menor do que o atual e é 20% mais veloz na sua execução. 

As ações da Snap ainda estão 30% mais baixas do que na abertura de capital, em março de 2017. Mas dá para ver o copo meio cheio. As ações triplicaram de valor desde dezembro, fazendo a companhia valer hoje 19 bilhões de dólares, seis vezes mais que o cheque recusado do Facebook.

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