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Slim quer vender parte da América Móvil em até seis meses

Bilionário disse que a gigante de telecomunicações buscará definir rapidamente uma venda de ativos no México


	Bilionário mexicano Carlos Slim, dono da América Móvil
 (Susana Gonzalez/Bloomberg)

Bilionário mexicano Carlos Slim, dono da América Móvil (Susana Gonzalez/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2014 às 16h17.

Cidade do México/Nova York - O bilionário mexicano Carlos Slim disse que a gigante de telecomunicações América Móvil buscará definir rapidamente uma venda de ativos no México, provavelmente em menos de seis meses.

Para Slim, o mais lógico é que essa venda --necessária para que a empresa reduza sua posição dominante no mercado de telecomunicações do México e possa se liberar de algumas regulações e restrições-- seja feita para uma única companhia.

"O que estamos buscando é que o comprador seja um investidor ou uma empresa que invista, com capacidade, experiência e solidez", disse Slim à Reuters em uma entrevista na noite de quinta-feira, em seu escritório na Cidade do México.

"Agora, se no lugar de uma são duas empresas, não sei, não podemos nós saber como será, mas o mais lógico é que seja para uma empresa", disse.

Quando foi perguntado sobre se a operação poderia ocorrer em cerca de seis meses, ele respondeu: "Para nós, seis meses não é rápido o suficiente, é lento... creio que essas coisas devem ser definidas, quando estiverem na mesa, muito rápido".

A América Móvil, que tem 70 por cento do mercado de telefonia móvel e mais de 60 por cento das linhas fixas do México, busca vender um pacote "transversal" de seus ativos que seja atrativo para o eventual comprador e lhe permita competir em todo o país, de acordo com Slim.

"Alguns dizem que vamos vender os clientes de baixo retorno, mas ninguém compraria isso", disse ele.

Slim não quis comentar sobre quais empresas poderiam ser eventuais compradoras do pacote de ativos, nem tampouco sobre quanto a América Móvil poderia receber pela venda dos ativos.

Ele disse que não tem "uma preferência" por um comprador e que será o vencedor da disputa quem oferecer as melhores condições.

Observadores do mercado têm especulado que a operadora norte-americana AT&T, que até pouco tempo atrás era uma importante acionista da América Móvil, poderia ser candidata à compra, agora que está lançando uma ofensiva na América Latina.

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