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SLC prevê elevar venda de soja após recuo do preço do frete

A ideia é realizar um bom volume de vendas antes da entrada no mercado da safra norte-americana de grãos, a partir de meados do segundo semestre

A SLC cultivou 282,6 mil hectares com algodão, soja e milho no Brasil, ante uma estimativa inicial de 280,4 mil hectares (Scott Olson/Getty Images/Getty Images)

A SLC cultivou 282,6 mil hectares com algodão, soja e milho no Brasil, ante uma estimativa inicial de 280,4 mil hectares (Scott Olson/Getty Images/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2013 às 17h01.

São Paulo - A SLC Agrícola, uma das maiores produtoras agrícolas do país, prevê vender maiores volumes de soja durante o terceiro trimestre deste ano, depois da acomodação dos preços de frete que tiveram forte alta no início do escoamento da safra, disse o presidente da companhia nesta quinta-feira.

"Nossa estratégia agora, à medida que a safra está se encerrando no Brasil, e já está havendo um ajuste nos fretes... é vender este saldo (da safra de soja) ao longo do próximo trimestre", disse o diretor-presidente da empresa, Aurélio Pavinato, em conferência para comentar o resultado do último trimestre.

A ideia é realizar um bom volume de vendas antes da entrada no mercado da safra norte-americana de grãos, a partir de meados do segundo semestre.

O executivo considera que os custos de logística começam a voltar para uma situação de "normalidade". No mês passado, Pavinato afirmou o custo elevado para escoar a safra estava limitando as vendas antecipadas da companhia.

"Os preços do frete começaram a voltar mais para uma normalidade, claro que em níveis um pouco superiores ao do ano passado, mas já não está mais aquele absurdo que estava durante a safra", afirmou.

Ele citou um levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) que mostra que o frete já reduziu 16 % em relação ao pico atingido em Mato Grosso.

Por outro lado, ele ponderou que o pico extremo foi registrado especialmente em Mato Grosso, enquanto na Bahia e no Maranhão não houve um aumento exagerado do frete.

A SLC cultiva áreas em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Maranhão, Bahia, Piauí e Tocantins.

Segundo ele, neste cenário, a empresa vem buscando uma equalização entre o preço atual da soja, a perspectiva de preço futuro e o custo do frete.


A SLC cultivou 282,6 mil hectares com algodão, soja e milho no Brasil, ante uma estimativa inicial de 280,4 mil hectares. Para a safra 2013/14, a empresa já prevê ampliar a área para 310 mil hectares.

A empresa anunciou na noite de quarta-feira um salto de 40 % no lucro líquido no primeiro trimestre do ano ante igual período em 2012, para 46,4 milhões de reais.

Em relação à rentabilidade, Pavinato disse que a companhia tem uma visão um "pouco mais pessimista em relação ao preço da soja e milho, mas um pouco mais otimista em relação ao algodão".

Sobre o projeto da SLC Agrícola com cana-de-açúcar, o executivo afirmou que a empresa está concluindo nesta semana o plantio da primeira área comercial com a cultura, em projeto piloto em Mato Grosso do Sul, de pouco mais de 400 hectares.

"Nossa estratégia é avançar devagar, primeiro entender como o mercado funciona e como dá para ganhar dinheiro produzindo e vendendo cana para a indústria", disse. Ele acrescentou que a companhia estuda a possibilidade de fazer parcerias com usinas.

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