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Skoda, da Volks, quer se expandir em mercados emergentes

A Skoda, unidade da Volkswagen, quer liderar uma nova investida em alguns mercados emergentes onde a maior montadora da Europa até agora está em desvantagem em relação aos rivais asiáticos

A Skoda, unidade da Volkswagen, quer liderar uma nova investida em alguns mercados emergentes onde a maior montadora da Europa até agora está em desvantagem em relação aos rivais asiáticos (Fabian Bimmer/Reuters)

A Skoda, unidade da Volkswagen, quer liderar uma nova investida em alguns mercados emergentes onde a maior montadora da Europa até agora está em desvantagem em relação aos rivais asiáticos (Fabian Bimmer/Reuters)

LB

Leo Branco

Publicado em 29 de março de 2021 às 16h07.

Última atualização em 29 de março de 2021 às 16h34.

A Skoda, unidade da Volkswagen, quer liderar uma nova investida em alguns mercados emergentes onde a maior montadora da Europa até agora está em desvantagem em relação aos rivais asiáticos.

A marca popular mais lucrativa da Volks planeja investir na Índia ou no Sudeste Asiático, e prepara a transição de sua linha para carros elétricos, disse o diretor-presidente da Skoda, Thomas Schaefer, em entrevista por telefone. A Skoda reestruturou as operações na Índia após cancelar planos de cooperação com a Tata Motors e está perto da decisão sobre uma fábrica no Sudeste Asiático.

“Vemos um enorme potencial de crescimento em mercados emergentes”, disse Schaefer, que assumiu como CEO em agosto. “Temos conversas muito boas em países como o Vietnã.”

A Volks tem um histórico complicado de suas investidas em mercados emergentes além da China e do Brasil. Projetos anteriores de fabricação de carros mais baratos ou parcerias com concorrentes não foram bem-sucedidos.

Uma colaboração com a Tata Motors, dona da Jaguar Land Rover, fracassou em 2017, pois não conseguir alcançar as economias de custo planejadas. O sucesso no sudeste da Ásia, Rússia ou Norte da África poderia ajudar a Skoda a obter receitas com a tecnologia de motores de combustão por mais tempo, ajudando a financiar a transição para carros elétricos na Europa, seu principal mercado.

A decisão sobre uma fábrica no Sudeste Asiático pode ser tomada neste ano. As negociações enfrentaram atrasos devido às restrições de viagens provocadas pela pandemia de covid-19.

Fabricantes japoneses e sul-coreanos dominam a região. Os carros da Skoda são mais baratos do que a marca homônima da Volkswagen e compartilham tecnologia-chave. Enquanto as marcas Audi e Porsche da Volks competem com empresas como Mercedes-Benz ou Tesla, a unidade tcheca disputa clientes com montadoras francesas e com a Hyundai Motor.

A Skoda renovou sua linha na Índia com novos sedãs e o SUV Kushaq, depois de vender pouco mais de 10.000 carros no ano passado no mercado dominado pela Maruti Suzuki e Hyundai.

“Agora temos a estratégia certa, a equipe certa e os produtos certos para crescer na Índia”, disse Schaefer. A fábrica em Pune tem potencial para atingir capacidade de produção de 250.000 carros, disse. A unidade de Pune também fabrica carros da marca Volks.

Primeiro SUV elétrico

Na Europa, sua principal região de vendas, a Skoda lança o Enyaq IV neste ano, o primeiro veículo totalmente elétrico da marca com base na plataforma de mercado de massa da Volks para carros movidos a bateria.

Em breve, a empresa lançará uma versão cupê e tem planos para um veículo elétrico de menor porte até 2025. Na segunda parte da década, está previsto o lançamento de um carro elétrico de tamanho médio equivalente ao modelo Octavia.

“Há mais a ser feito para melhorar a eficiência de custos”, disse Schaefer. A Skoda espera quase dobrar a lucratividade para níveis pré-pandemia de cerca de 8% de retorno sobre as vendas “no médio prazo”.

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