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Sindicato fará plantão para avaliar demissões na GM

Os metalúrgicos foram demitidos por telegrama, já que muitos da linha de montagem estavam em licença remunerada e poucos ainda trabalhavam


	Entrada da GM em São José dos Campos: montadora demitiu funcionários via telegrama no último final de semana do ano
 (Roosevelt Cassio/Reuters)

Entrada da GM em São José dos Campos: montadora demitiu funcionários via telegrama no último final de semana do ano (Roosevelt Cassio/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de dezembro de 2013 às 12h17.

São Paulo - O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos fará, amanhã (30), um plantão para avaliar as demissões de operários na linha de montagem do Classic, do complexo industrial da General Motors (GM) na cidade paulista.

Segundo o secretário-geral do sindicato, Luiz Carlos Prates, o "Mancha", o plantão será para contabilizar quantos metalúrgicos foram demitidos e qual será a estratégia do recurso a ser encaminhado à Justiça do Trabalho para tentar evitar os cortes.

Os metalúrgicos foram demitidos por telegrama, já que muitos da linha de montagem estavam em licença remunerada e os poucos que ainda trabalhavam produziram as últimas unidades no final da primeira quinzena de dezembro.

No dia 23 de agosto, a GM, que na semana anterior havia fechado a linha de montagem do Classic, recuou da decisão, retomou a produção do veículo e prorrogou o Programa de Demissão Voluntária (PDV) até o início de setembro.

À época, a GM informou que dispensaria os funcionários que optassem por permanecer na linha de produção ou em licença remunerada a partir de 1º de janeiro de 2014.


Ontem, a GM divulgou nota ratificando a decisão. Estimativa do sindicato aponta que 304 dos 750 operários da linha de montagem aderiram ao PDV encerrado em setembro. O restante estava dividido entre os ativos e os em licença remunerada.

"Não significa que acabado o prazo eles poderiam demitir. Por isso, vamos ter de recorrer à Justiça do Trabalho", disse Mancha. "Não temos sequer um balanço, porque muitos funcionários estão viajando e a GM não comunicou quantos ainda estavam na produção ou em licença", completou.

A montadora, que manterá a produção do veículo em São Caetano do Sul e na Argentina, sempre atribuiu a decisão de encerrar produção do Classic em São José dos Campos aos custos da linha, os mais altos da América do Sul.

As outras unidades da GM em São José dos Campos estão em férias coletivas até o dia 22 de janeiro e não serão afetadas pelos cortes.

A GM tem planos de investimentos de R$ 2,5 bilhões em uma possível nova fábrica no País. No entanto, a montadora ainda não definiu se a unidade será no Brasil e, caso isso ocorra, a unidade de São Caetano do Sul seria a favorita a receber o aporte. Contudo, São José dos Campos também está na lista de locais da nova fábrica da montadora.

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