Plataforma da Petrobras: empresa também está propondo o congelamento dos valores de alguns adicionais, gratificações e benefícios (Germano Lüders / EXAME)
Da Redação
Publicado em 18 de setembro de 2015 às 09h56.
São Paulo - A Petrobras apresentou aos petroleiros proposta de reajuste salarial de 5,73 por cento, um índice abaixo da inflação, segundo informou sindicato da categoria, que indica rejeição da oferta e conclama os trabalhadores à greve.
"A Petrobras joga proposta da categoria no lixo e propõe ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) mais rebaixado dos últimos anos", disse a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), em nota em seu site.
Segundo a categoria, a rejeição da proposta da empresa e greve unificada para reafirmar a pauta reivindicatória é a única alternativa para os trabalhadores.
O índice proposto, que representa cerca de 60 por cento da inflação (IPCA), demonstra claramente que "a política da direção da empresa está alinhada com o pacote de ajuste econômico do governo federal", disse a FNP.
A empresa também está propondo o congelamento dos valores de alguns adicionais, gratificações e benefícios, o que resultará em perdas significativas para os trabalhadores, de acordo com a federação.
"Outro grande ataque aos direitos já conquistados pela categoria está claramente estampado no Benefício Farmácia, que a Petrobras quer fazer retroceder..." Segundo a FNP, o sindicato está indicando uma greve unificada por tempo indeterminado em todo o Sistema Petrobras a partir de zero hora de 24 de setembro.
A Petrobras confirmou que apresentou às entidades sindicais na quinta-feira proposta de reajuste salarial de 5,73 por cento.
"Em relação à greve anunciada pelas entidades, a Petrobras informa que tomará todas as medidas para garantir o abastecimento do mercado, preservando a segurança das operações e dos trabalhadores", afirmou a estatal em nota.