Assédio: a acusação foi feita pelo Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)
Tatiana Vaz
Publicado em 6 de abril de 2017 às 12h54.
Última atualização em 6 de abril de 2017 às 13h11.
São Paulo – O Banco Itaú está sendo acusado de ter demitido um funcionário com resultados acima da média por ele ter se assumido gay.
A acusação partiu do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região. O banco diz não ter sido procurado pelo jornal dos bancários e afirma repudiar situações de homofobia dentro ou fora da instituição.
Segundo a nota do sindicato, o profissional, que não teve seu nome relevado, trabalhava há um ano e seis meses no banco e então um gerente de relacionamento do Uniclass, com dez prêmios recebidos por cumprimento de metas.
Ao sindicato dos bancários ele contou que sofria assédio constante de colegas e gestor na agencia em que trabalhava.
“Me repreendiam dizendo que eu me ‘soltava demais’ quando ganhava um prêmio, e que esta postura não é adequada.
Também diziam que minhas roupas não eram as ideais para o trabalho, que meus ternos não estavam dentro dos padrões”, relembra o trabalhador.
Na última semana, depois de ter postado fotos ao lado do noivo em suas páginas nas redes sociais, o funcionário disse ter sido demitido. A alegação do gestor foi a de que ele mantinha uma postura inadequada para a instituição.
“É preciso que eles paguem para que nenhum outro trabalhador LGBT tenha de passar por isso novamente”, afirmou ao sindicato.
Em nota, o Itaú afirma que possui valores sólidos e a Diversidade faz parte deles. Veja, a seguir, a resposta do Itaú na íntegra.
“O Itaú Unibanco repudia situações de homofobia, dentro ou fora da instituição. O banco possui valores sólidos e a Diversidade faz parte deles. Entendemos a pluralidade como algo fundamental. Nossos clientes são diversos, portanto, nossos colaboradores também precisam ser. Além disso, possuímos o Ombudsman, um canal voltado aos colaboradores que tem como função escutar, registrar e avaliar questões relacionadas ao ambiente de trabalho, com total sigilo entre os envolvidos. Não fomos procurados pelo jornal do Sindicato dos Bancários de São Paulo, mas já enviamos comunicado esclarecendo os reais motivos do desligamento, que nada tem a ver com a situação citada.”