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Simples e com mais clientes, Santander lucra 17% mais no tri

No terceiro trimestre, a carteira de crédito ampliada do banco cresceu 13,4% ante igual período de 2014 e chegou a 332 bilhões de reais


	Santander: "vamos melhorar no próximo ano para entrar com força em 2017", disse CEO do banco no Brasil
 (Gustavo Kahil/EXAME.com)

Santander: "vamos melhorar no próximo ano para entrar com força em 2017", disse CEO do banco no Brasil (Gustavo Kahil/EXAME.com)

Luísa Melo

Luísa Melo

Publicado em 24 de dezembro de 2015 às 08h46.

São Paulo - O Santander alcançou um lucro líquido de 1,7 bilhão de reais no Brasil de julho a setembro  um avanço de 16,7% ante o mesmo período de 2014. Esse é o melhor resultado trimestral da empresa em três anos e o oitavo índice de crescimento consecutivo.

Para Jesús Zabalza, presidente do grupo no país, o resultado positivo é reflexo de esforços para modernização e do aumento da base de clientes do banco.

Recentemente, a empresa inaugurou um data center, além de uma nova plataforma para mobile banking, por exemplo.

"Em setembro, atendemos 4,2 milhões de consumidores digitais e parte expressiva deles foi conquistada em 2015", disse Zabalza durante conferência com jornalistas para divulgação do balanço, nesta quinta-feira (29).

O processo de abertura de contas também foi simplificado. "Hoje, o cliente solicita uma conta corrente e, no máximo no dia seguinte, já consegue movimentar e acessar o bankline. No mercado, esse processo pode durar até 15 dias", disse.

Outros números

No terceiro trimestre, a carteira de crédito ampliada do Santander cresceu 13,4% ante igual período de 2014 e chegou a 332 bilhões de reais. A a captação de clientes aumentou 17,3%, totalizando 474 bilhões de reais.

O destaque foi para os empréstimos concedidos a grandes empresas, que aumentaram 25,7% na comparação anual, contra um acréscimo de 8,3% dos financiamentos para pequenas e médias empresas e 8% para pessoas físicas.

"Mas se excluirmos o efeito da desvalorização do real, o crescimento da carteira de grandes empresas ficará um pouco abaixo da de PMEs", explicou Zabalza.

Segundo ele, os empréstimos a pessoas físicas avançam em ritmo baixo devido ao cenário macroeconômico.

"Somos líderes em financiamento de carros e refletimos o mercado. As famílias estão tirando dinheiro da poupança e pegando menos crédito, assim como o consumo está caindo", frisou.

A margem financeira banco  que mede a diferença entre os juros cobrados e os pagos, a base do lucro  cresceu 9,3% no terceiro trimestre, ante igual período de 2014.

Já o índice de inadimplência para dívidas vencidas há mais de 90 dias se manteve no patamar do segundo trimestre, em 3,2%. Nos mesmos meses do ano passado, o indicador era de 3,7%.

"Para 2016, esperamos que a inadimplência continue estável, com possibilidade de uma pequena alta", afirmou o presidente.

De acordo com o executivo, os efeitos da crise devem ser suprimidos apenas em 2017.

"O mercado espera que o ritmo (da economia) continue fraco em 2016. Mas a inflação controlada e as contas externas melhorando são indicadores de que o ciclo vai mudar em algum momento do próximo semestre. Vamos melhorar no próximo ano para entrar com força em 2017", avaliou.

Mundialmente, o banco lucrou 5,1 bilhões de euros nos nove primeiros meses do ano (algo em torno de 21,9 bilhões de reais)  17% mais que no mesmo período de 2014. A subsidiária brasileira teve uma participação de 19% nesse resultado.

Cultura e educação

Zabalza também ressaltou os investimentos da companhia em iniciativas culturais e de educação, como o Fórmula Santander, que já concedeu mais de 6.000 bolsas de estudos no exterior, e o Prêmio Santander, que reconhece iniciativas inovadoras desenvolvidas em universidades.

O executivo também anunciou que o banco vai patrocinar uma galeria de Claudia Andujar no museu de arte contemporânea Inhotim, em Brumadinho (MG), com exposições de fotografias de índios Yanomamis.

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