Resultados da Siemens espelham os ganhos recentes de suas rivais europeias no ramo de mecânica pesada (Sean Gallup/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 4 de maio de 2011 às 12h08.
Frankfurt/Munique - A Siemens , uma das principais companhias da Alemanha, maior economia da zona do euro, elevou sua projeção anual devido à forte demanda de fábricas nos mercados emergentes, que estimulou seus negócios no segundo trimestre.
Os produtos da companhia variam de aparelhos auditivos e lâmpadas a trens de alta velocidade e equipamentos para usinas de energia, e ela anunciou na quarta-feira que projetava crescimento de base ampla em todos os mercados, com forte apetite das regiões em desenvolvimento por sua tecnologia de automação industrial.
"A Siemens continua a ter um forte perfil de crescimento, e creio que o trimestre tenha sido apenas uma expressão disso", disse o presidente-executivo Peter Loescher em entrevista à Reuters Insider, depois da divulgação dos resultados.
O crescimento "tem base ampla, e mais de um terço das encomendas recebidas vem dos mercados emergentes", disse.
A empresa, que está estudando a cisão de sua divisão de iluminação Osram, também informou que seu lucro havia sido afetado por ganhos de 1,5 bilhão de euros (2,2 bilhões de dólares) que devem ser auferidos pela venda de sua participação na Areva NP à parceira Areva .
Loescher disse que os planos para a cisão da estavam em curso, ainda que não tenham sido apontados os bancos responsáveis.
Os resultados da Siemens espelham os ganhos recentes de suas rivais europeias no ramo de mecânica pesada, devido à demanda forte nos mercados emergentes.
A francesa Schneider Electric anunciou alta de 27 por cento em suas vendas trimestrais, enquanto a suíça ABB teve alta de mais de 40 por cento em seu lucro líquido.
A Siemens informou que seus mercados emergentes cresceram acima da média de seus negócios mundiais, em 12 por cento ante os resultados do ano anterior, e que representaram 31 por cento da receita total do trimestre; na China e na Índia, a alta foi de 20 por cento.
A Siemens informou que agora projeta receita líquida de 7,5 bilhões de euros para suas operações continuadas, no ano fiscal que se encerra em setembro.