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Siemens é mantida em cadastro Pró-Ética da CGU

Integrantes do Comitê preferiram manter a empresa apenas sob um regime especial de "rigoroso acompanhamento"


	Prédio da Siemens na Alemanha: companhia está envolvida em meio a um escândalo de formação de cartel na licitação do Metro e da CPTM
 (Joerg Koch/Getty Images)

Prédio da Siemens na Alemanha: companhia está envolvida em meio a um escândalo de formação de cartel na licitação do Metro e da CPTM (Joerg Koch/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 6 de setembro de 2013 às 21h24.

Brasília - O Comitê Gestor do Cadastro Empresa Pró-Ética, presidido pela Controladoria-Geral da União (CGU), decidiu nesta sexta-feira, 6, manter a Siemens no rol de empresas que reconhecidamente adotam políticas de ética.

Após analisarem as respostas enviadas pela Siemens, os integrantes do Comitê preferiram mantê-la apenas sob um regime especial de "rigoroso acompanhamento".

Um das medidas que deverão ser tomadas nesse acompanhamento é a notificação às autoridades e o compartilhamento de dados para que seja possível avaliar a eficácia da empresa em prevenir e reduzir a ocorrência de irregularidades. Além disso, haverá o início imediato do processo de reavaliação, previsto no Regulamento, quanto às condições da empresa para permanecer no Cadastro.

Esse procedimentos deverão ser tomados porque mesmo após a Siemens ser notificada pela CGU, ela não esclareceu se havia fatos novos, posteriores à sua avaliação inicial de ingresso no cadastro, que pudessem envolvê-la em irregularidades que não tivessem já sido levadas em consideração quando de sua admissão.

Também foram solicitadas informações da efetiva aplicação das medidas previstas no programa de integridade da empresa nos últimos anos no Brasil.

"Diante da insuficiência de informações prestadas pela empresa sobre sua atuação após a admissão no Pró-Ética (agosto de 2011), a decisão do Comitê Gestor foi a de mantê-la no Cadastro", diz trecho da nota divulgada pelo Comitê.

Leniência

Em maio, a Siemens procurou o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para fazer um acordo de leniência, no qual seis executivos que ocuparam cargos estratégicos na companhia relataram como atuava o esquema para fraudes em licitações bilionárias, no período de 1998 a 2008. A negociação para que a Siemens concordasse em denunciar o cartel começou em 6 de março de 2012 e estendeu-se até 22 de maio passado, em São Paulo. A investigação do Cade ainda resultou na abertura de dois inquéritos pela Polícia Federal.

A aprovação de empresas para compor o Cadastro decorre de um processo de avaliação feito pelo Comitê Gestor, que é presidido por representantes da CGU e do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, de forma alternada, e do qual participam também a Confederação Nacional de Indústrias (CNI), a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a BM&F Bovespa, o Ministério de Desenvolvimento Indústria e Comércio (MDIC), a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), do Instituto de Auditores Independentes do Brasil (Ibracon) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

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