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Siemens e Alstom cooperam em investigação contra cartel

O jornal Folha de S.Paulo informou no domingo que a alemã Siemens notificou as autoridades antitruste brasileiras sobre a existência de um cartel na licitação do trem-bala


	A Folha disse que o cartel incluía a Alstom, a Bombardier, a CAF e a Mitsui, principais candidatas a ganhar um contrato para um trem de alta velocidade entre Rio de Janeiro e São Paulo
 (Marcos Santos/USP Imagens)

A Folha disse que o cartel incluía a Alstom, a Bombardier, a CAF e a Mitsui, principais candidatas a ganhar um contrato para um trem de alta velocidade entre Rio de Janeiro e São Paulo (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2013 às 11h15.

Frankfurt - As empresas europeias de engenharia Siemens e Alstom estão cooperando com as autoridades brasileiras que investigam práticas anticompetitivas em relação a um grande leilão ferroviário, disseram as empresas nesta segunda-feira.

O jornal Folha de S.Paulo informou no domingo, sem citar fontes, que a alemã Siemens havia notificado as autoridades antitruste brasileiras sobre a existência de um cartel, do qual a companhia teria participado, relacionado à licitação para a compra de equipamentos ferroviários e para a construção e manutenção de linhas ferroviárias.

A Siemens disse que estava ciente da investigação e estava cooperando totalmente com as autoridades brasileiras, mas não disse se e como estava envolvida no assunto.

"O código de conduta da Siemens enfatiza a importância da concorrência leal e obriga todos os funcionários a cumprir com os regulamentos antitruste", disse a companhia em um comunicado enviado por email nesta segunda-feira.

"A Siemens coopera plenamente com as autoridades." A Folha disse que o cartel incluía a francesa Alstom, a canadense Bombardier, a espanhola CAF e a japonesa Mitsui, principais candidatas a ganhar um contrato para um trem de alta velocidade entre Rio de Janeiro e São Paulo.


O governo brasileiro disse no final do ano passado que o vencedor do contrato teria que investir 7,7 bilhões de reais no projeto, oferecer bilhetes de classe econômica de não mais do que 200 reais e garantir que os trens cubram os 420 quilômetros entre Rio de Janeiro e São Paulo em não mais do que 99 minutos.

Uma porta-voz da Alstom disse que a empresa havia recebido um pedido do Conselho de Defesa Econômica (Cade) para a entrega de documentos na semana passada.

"Nós fornecemos esses documentos e estamos cooperando com as autoridades", disse ela.

A CAF não quis comentar. Bombardier e Mitsui não estavam imediatamente disponíveis.

O leilão para escolher um operador para a nova linha de trem deverá acontecer no próximo mês.

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