Siemens: o presidente-executivo do grupo, Peter Loescher, tem sido criticado por ser muito lento na reação à crise global e agora está tentando colocar a companhia de volta ao rumo (Sean Gallup/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 2 de maio de 2013 às 08h16.
Frankfurt - O grupo alemão Siemens assumiu uma posição mais pessimista para o restante do ano diante de uma demanda da indústria ainda fraca depois de divulgar queda de resultados do segundo trimestre fiscal.
A companhia, que fabrica uma ampla linha de produtos com aplicações desde em trens de alta velocidade a turbinas de energia e dispositivos médicos, é altamente exposta à demanda do setor industrial global e tem sido atingida por queda nos investimentos.
Levantamentos publicados no mês passado já indicavam preocupações sobre perda de força da economia mundial, conforme o crescimento de fábricas na China desacelera, refletindo a fraca demanda dos Estados Unidos e a recessão europeia.
O grupo de engenharia informou nesta quinta-feira que agora espera que o lucro líquido de operações contínuas fique na ponta mais baixa de sua previsão de entre 4,5 bilhões de euros e 5 bilhões de euros no atual ano.
Analistas, em média, preveem lucro do grupo no ano fiscal até setembro caindo para 4,84 bilhões de euros ante 5,18 bilhões no ano anterior, parcialmente por causa de um impacto de 1 bilhão de euros gerado por programa de corte de custos.
O presidente-executivo do grupo, Peter Loescher, tem sido criticado por ser muito lento na reação à crise global e agora está tentando colocar a companhia de volta ao rumo para competir com rivais como a General Electric.
No segundo trimestre fiscal até março, a Siemens viu sua margem de lucro encolher de 9,9 para 7,5 por cento, com demanda reduzida por equipamentos de automação industrial e outros produtos tecnológicos.
A receita trimestral caiu 7 por cento, mais do que o esperado e o lucro líquido estagnou.
E apesar das encomendas industriais da Alemanha e China terem sido particularmente fracas no trimestre, as encomendas da Siemens, um indicador de vendas futuras, voltaram a crescer após seis quedas trimestrais consecutivas.
Os pedidos saltaram 20 por cento, para 21,45 bilhões de euros, superando expectativa do mercado de 18,92 bilhões, puxadas por importantes encomendas da Europa e Américas.