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Shell suspende operações na Nigéria por “gato”

Companhia vai deixar de extrair petróleo temporariamente na região por conta de ligações clandestinas nos oleodutos - que roubam petróleo


	Shell: companhia tem "gato" em seus oleodutos na Nigéria
 (Divulgação/EXAME.com)

Shell: companhia tem "gato" em seus oleodutos na Nigéria (Divulgação/EXAME.com)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 22 de março de 2013 às 14h32.

São Paulo – Todo mundo já ouviu falar no “gato” de TV por assinatura, de energia e até de água, mas ligações clandestinas para roubar petróleo são bem menos comuns. A Shell anunciou que vai paralisar temporariamente suas operações na Nigéria por conta do crescente aumento do roubo de petróleo por lá.

A paralisação está marcada para acontecer em abril e vai impactar a produção de cerca de 150.000 barris de petróleo por dia da companhia na região, segundo a imprensa internacional.

De acordo com um porta-voz da companhia, além de ilegais, as ligações clandestinas poluem o meio ambiente. No início desse mês, a Shell precisou fechar o oleoduto de Nembe Creek por conta de um vazamento provocado durante uma tentativa de roubo de óleo.

Atualmente existem cerca de 90 ligações clandestinas na Nigéria e com elas, a Shell deixa de extrair pelo menos 60.000 barris de petróleo por dia. O país africano possui uma grande quantidade de refinarias ilegais, que além de não aproveitarem 100% o petróleo extraído, acabam poluindo o meio ambiente por conta de suas instalações precárias. 

Segundo dados do mercado, a Nigéria chega a perder até 6 bilhões de dólares por ano com as instalações clandestinas e em todo o país, pelo menos, 150.000 barris de petróleo são roubados todos dos dias.

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