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Shell sobe preço da gasolina na Argentina e governo critica

O chefe de Gabinete, Jorge Capitanich, disse que a empresa tomou "uma atitude unilateral, contrária aos interesses da Argentina, para prejudicar"


	Shell: dez dias atrás, o ministro da Economia da Argentina, Axel Kicillof, tinha acusado a petroleira de realizar ataques especulativos contra o peso argentino
 (Andrey Rudakov/Bloomberg)

Shell: dez dias atrás, o ministro da Economia da Argentina, Axel Kicillof, tinha acusado a petroleira de realizar ataques especulativos contra o peso argentino (Andrey Rudakov/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2014 às 18h59.

A petroleira anglo-holandesa Shell aumentou, a partir desta segunda-feira, em 12% o preço do combustível na Argentina, e o governo voltou a acusá-la de atentar contra o país, no âmbito das pressões inflacionárias.

O chefe de Gabinete, Jorge Capitanich, disse que a empresa tomou "uma atitude unilateral, contrária aos interesses da Argentina, para prejudicar".

Dez dias atrás, o ministro da Economia, Axel Kicillof, tinha acusado a petroleira de realizar ataques especulativos contra o peso argentino, voltando a acender uma antiga disputa.

"Estamos fazendo uma transferência parcial do forte aumento em pesos que está acontecendo no custo do petróleo bruto, nosso principal insumo", disse a Shell, após uma desvalorização do peso de 13,9% nos dias 19 e 20 de janeiro.

Este é o segundo aumento em 2014, já que, no começo do ano, a empresa tinha aumentado seus produtos em média 7%, como a petroleira argentina YPF.

O atrito é um novo capítulo de uma longa disputa entre o governo e a petroleira anglo-holandesa, um dos principais atores do mercado de hidrocarbonetos na Argentina. Em 2008, a Shell foi multada no país após ser acusada de provocar desabastecimento.

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