SHELL: a empresa arrematou o bloco Saturno em leilão do pré-sal realizado em 2018. / REUTERS/Marcos Brindicci (Marcos Brindicci/Reuters)
AFP
Publicado em 30 de junho de 2020 às 07h31.
A gigante do petróleo Royal Dutch Shell anunciou nesta terça-feira que seus ativos registraram uma depreciação entre 15 e 22 bilhões de dólares no segundo trimestre, consequência do impacto da pandemia de coronavírus na demanda e nos preços dos combustíveis.
"No segundo trimestre, a Shell revisou suas perspectivas de valores a médio e longo prazo e suas perspectivas de margens para refletir o impacto da pandemia de COVID-19", explica a empresa em um comunicado.
O grupo acrescenta que reavaliou seus ativos tangíveis e intangíveis e registrará "gastos de depreciação de 15 a 22 bilhões de dólares após impostos no segundo trimestre".
A empresa aposta em um barril de petróleo a 35 dólares este ano, um preço que não permite geralmente aos grandes grupos de petróleo gerar lucros. A Shell prevê um barril a 40 dólares no próximo ano e 50 dólares em 2022.
As cotações do petróleo começaram 2020 ao redor dos 60 dólares, antes de uma queda expressiva em março e abril.
No primeiro trimestre, a Royal Dutch Shell entrou no vermelho devido à queda dos preços do petróleo, o que levou a empresa a reduzir seus dividendos pela primeira vez desde os anos 1940.