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Setor de elevadores perde espaço para produtos chineses

Atualmente, metade dos elevadores vendidos no País é nacional e a outra metade, importada, contra índice de 25% em 2005

De acordo com ele, o Brasil perdeu totalmente sua produção de escadas rolantes por não conseguir trabalhar com preços competitivos em comparação aos produtos importados (sxc)

De acordo com ele, o Brasil perdeu totalmente sua produção de escadas rolantes por não conseguir trabalhar com preços competitivos em comparação aos produtos importados (sxc)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2012 às 19h34.

São Paulo - A indústria nacional de escadas rolantes e elevadores perdeu espaço no País para produtos estrangeiros de tal forma que é impossível uma recuperação do mercado. A opinião é do presidente do Sindicato das Empresas de Elevadores do Estado de São Paulo (Seciesp), Jomar Cardoso.

De acordo com ele, o Brasil perdeu totalmente sua produção de escadas rolantes por não conseguir trabalhar com preços competitivos em comparação aos produtos importados, especialmente os importados da China. "E a produção de elevadores está indo para o mesmo caminho", afirmou.

Cardoso disse que, atualmente, metade dos elevadores vendidos no País é nacional e a outra metade, importada. Em 2005, o índice de importados era de apenas 20%. Segundo ele, dos 25 mil empregos que o setor gerava há 15 anos, restam hoje pouco mais de quatro mil.

A situação está se deteriorando tanto que, até 2016, Cardoso prevê que a parcela do produto importado nas vendas chegue a 70%. "E, dos 30% restantes, parte dos componentes será importada", disse. No caso das escadas rolantes, a China produz atualmente 100 mil por ano, escala que, segundo ele, somada ao custo Brasil, torna impossível a retomada da fabricação do produto no Brasil a preços competitivos.

O presidente do Seciesp diz que os fabricantes nacionais de elevadores somam, hoje, aproximadamente 15 empresas. Mas o número representa, segundo ele, apenas 10% do mercado do País, já que 90% são dominados por três companhias multinacionais. "Essas multinacionais adquirem o material onde acham mais barato sendo 90% desses componentes e insumos chineses", contou. "Fábricas de componentes de elevador brasileiras já estão fechando suas portas."

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