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Sete Brasil pedirá recuperação judicial, decidem acionistas

Acionistas da afretadora de sondas para exploração de petróleo decidiram que a empresa fará um pedido de recuperação judicial


	Presidente da Sete Brasil, Luiz Eduardo Guimarães Carneiro: "ainda não há uma data prevista para quando isso vai acontecer", disse a assessoria
 (Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados)

Presidente da Sete Brasil, Luiz Eduardo Guimarães Carneiro: "ainda não há uma data prevista para quando isso vai acontecer", disse a assessoria (Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados)

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Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2016 às 18h42.

São Paulo - Acionistas da afretadora de sondas para exploração de petróleo Sete Brasil decidiram em reunião nesta quarta-feira que a empresa fará um pedido de recuperação judicial, disse à Reuters a assessoria de imprensa da companhia.

"Foi aprovado o pedido de recuperação judicial, mas ainda não há uma data prevista para quando isso vai acontecer", disse a assessoria à Reuters.

Segundo uma fonte com conhecimento direto do assunto, o fundo de pensão Petros mudou sua posição anterior contra o pedido de proteção na reunião desta quarta-feira.

A decisão da Petros permitiu à Sete Brasil buscar os 85 por cento de aprovação dos sócios para pedir proteção contra credores, disse a fonte.

A Reuters publicou no início do mês que a Petrobras, única cliente e detentora de 5 por cento do capital da Sete Brasil, procurou sem sucesso uma arbitragem para refazer os termos de um contrato de longo prazo com a companhia.

A Petrobras ajudou a criar a Sete Brasil em 2008 para gerir a maior frota de perfuração em águas profundas do mundo, com 89 bilhões de dólares em encomendas prometidas. Mas a Petrobras precisa assinar o contrato, que está em discussão há dois anos. A estatal queria fazer uma proposta reformulada, bem menor, após ter sido alvo das investigações da operação Lava Jato. O escândalo fechou o mercado de crédito de longo prazo para a Sete Brasil, levando grandes bancos do país a adiar para maio o vencimento de mais de 14 bilhões de reais em empréstimos obtidos pela empresa.

Um eventual colapso da Sete Brasil poria em risco mais de 800 mil empregos diretos na construção naval, provocando quase 40 bilhões de reais em perdas, segundo estimativas da indústria.

Texto atualizado às 18h41

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