Europeus acreditariam que enquanto armazenarem e processarem suas informações em servidores europeus e localizados na Europa, estão protegidos da NSA (REUTERS/Pawel Kopczynski)
Da Redação
Publicado em 17 de junho de 2013 às 18h59.
Paris/Londres - A França tem o seu "projeto soberano de nuvem" enquanto do outro lado do Reno as empresas de dados criaram o rótulo de "Serviços de Nuvem: fabricados na Alemanha", todos tentando tranquilizar grandes empresas de que suas informações são armazenadas longe dos olhos curiosos dos espiões norte-americanos.
Empresas europeias acreditam que revelações de que a Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês) têm secretamente reunido dados de nove grandes empresas de Internet dos EUA, incluindo Microsoft e Google, vão dar a elas uma vantagem competitiva à medida que competem com as empresas americanas dominantes da computação de nuvem.
Empresas e indivíduos podem ter de aceitar que, enquanto armazenarem e processarem suas informações em servidores europeus e localizados na Europa, estão protegidos da NSA, mas as agências de inteligência mais perto de casa podem estar à espreita de qualquer maneira.
"Se você vai ter um Big Brother, eu prefiro ter um Big Brother doméstico a um Big Brother estrangeiro", disse Mikko Hypponen, diretor de pesquisa da empresa de segurança em Internet F-Secure, que também oferece serviços em nuvem com dados armazenados nos países nórdicos.
A computação de nuvem - termo genérico para tudo, desde e-mail baseado na web a software de negócios que é executado remotamente através da Internet - está sendo adotado por grandes empresas e governos a nível global para reduzir custos e aumentar a flexibilidade para seus departamentos de TI.
No ano passado, o governo francês investiu 200 milhões de dólares em duas start-ups (empresas iniciantes), incluindo o dono do centro de dados Cloudwatt, para dotar o País de infraestrutura independente dos gigantes norte-americanos de cloud computing.
Após as revelações de que o programa PRISM da NSA coletou dados de usuários de nove empresas que também incluem Yahoo e Facebook, a posição francesa agora parece precavida para algumas pessoas.