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Serviços dão R$ 4,599 bilhões ao Bradesco no trimestre

As receitas de serviços do banco apresentaram expansão de 11,7% no primeiro trimestre de 2013 ante um ano


	Bradesco: as rendas com cartões permaneceram praticamente estáveis, com leve alta de 0,9%, para R$ 1,667 bilhão
 (Egberto Nogueira/ Imafotogaleria)

Bradesco: as rendas com cartões permaneceram praticamente estáveis, com leve alta de 0,9%, para R$ 1,667 bilhão (Egberto Nogueira/ Imafotogaleria)

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Da Redação

Publicado em 22 de abril de 2013 às 09h27.

São Paulo - As receitas de serviços do Bradesco apresentaram expansão de 11,7% no primeiro trimestre de 2013 ante um ano, totalizando R$ 4,599 bilhões ao final de março último.

Na comparação trimestral, porém, foi vista retração de 1,6%. O resultado foi impactado, conforme relatório que acompanha as demonstrações financeiras da instituição, pela redução das receitas advindas de conta corrente e de assessoria financeira.

As rendas com cartões permaneceram praticamente estáveis, com leve alta de 0,9%, para R$ 1,667 bilhão, "apesar do efeito sazonal do quarto trimestre, caracterizado por um maior ritmo da atividade econômica".

Em relação ao primeiro trimestre do ano anterior, a evolução de 20% decorreu, principalmente, do acréscimo das receitas sobre compras e serviços, originadas pela evolução no faturamento e da quantidade de transações com cartões.

O faturamento com cartões de crédito totalizou R$ 85,98 milhões nos três primeiros meses de 2013, queda de 3,2% ante o trimestre anterior e aumento de 5,4% em 12 meses.

Contas correntes

O Bradesco também informou que as receitas com contas correntes apresentaram uma redução de 3,8% no primeiro trimestre em relação ao trimestre anterior, em virtude, basicamente, do menor volume de serviços.

Em 12 meses, esses ganhos cresceram 11,4%, reflexo, principalmente, da expansão da base de clientes correntistas, cujo aumento líquido representou 459 mil clientes ativos (398 mil contas de clientes pessoa física e 61 mil de clientes pessoa jurídica) e da ampliação do portfólio de serviços prestados.


Nas operações de crédito, a receita do Bradesco se manteve estável em relação ao trimestre anterior, em R$ 517 milhões.

No comparativo entre o primeiro trimestre de 2013 e o mesmo período do ano anterior, a expansão de 3,2% foi influenciada pelo aumento das rendas com garantias prestadas, que evoluíram 21,4%, originadas, basicamente, do aumento de 17,3% no volume das operações de avais e fianças e da expansão no volume das demais operações contratadas no período.

A receita com a administração de fundos também se manteve em R$ 550 milhões ao final de março ante dezembro. Na comparação trimestral, entretanto, foi vista alta de 4,6%.

O aumento é explicado, segundo o Bradesco, às evoluções verificadas nos fundos e carteiras, que cresceram 26,2%, mas, compensado, em parte, pelo comportamento do índice Ibovespa no período, que foi negativo em 12,7%, impactando as receitas oriundas dos fundos e carteiras administradas atreladas a renda variável.

A margem financeira total do Bradesco totalizou R$ 10,706 bilhões no primeiro trimestre deste ano, praticamente estável (+0,1%) ante um ano. O resultado se deveu ao aumento de R$ 287 milhões na margem de juros. Na comparação trimestral, porém, o Bradesco registrou recuo de 3,6% na sua margem financeira total.

A variação é justificada, conforme relatório que acompanha as demonstrações financeiras do banco, pela diminuição na margem de não juros, no valor de R$ 234 milhões, devido, principalmente, aos menores ganhos com a arbitragem dos mercados e à redução de R$ 169 milhões na margem de juros.


Esta queda foi ocasionada pelos "menores resultados obtidos no crédito, decorrente, principalmente, da nova política de taxas de juros para o segmento de cartões de crédito", explica o banco. Dos R$ 10,706 bilhões da margem financeira total do banco, R$ 10,509 bilhões são de operações que rendem juros. Os outros R$ 197 milhões foram provenientes de transações que não rendem juros.

Eficiência operacional

O índice de eficiência operacional (IEO) do Bradesco teve melhora de 1,2 ponto porcentual em relação ao primeiro trimestre de 2012, encerrando março em 41,5%. Esta é a quinta redução seguida do indicador. Quanto menor, melhor. No que se refere ao indicador acumulado em 12 meses, foi vista estabilidade em relação ao trimestre anterior.

O IEO trimestral passou de 42,5% no quarto trimestre de 2012 para 40,9% nos três primeiros meses deste ano. A melhora é explicada, conforme relatório que acompanha as demonstrações financeiras do Bradesco, pela redução das despesas de pessoal, reflexo, essencialmente, da maior concentração de férias nesse trimestre e por menores despesas administrativas.

Já no conceito ajustado ao risco, o qual reflete o impacto do risco associado às operações de crédito, o índice de eficiência do Bradesco encerrou março em 52,6%, com melhora de 0,1 p.p. em relação ao trimestre anterior. "Tal comportamento foi influenciado, principalmente, pela redução dos custos da inadimplência no período", justifica o banco.


Basileia

O Bradesco terminou março último com índice de Basileia de 15,6%, elevação de 0,6 ponto porcentual na comparação com o indicador visto em 12 meses, de 15,0%.

Ante o trimestre imediatamente anterior, porém, o banco registrou queda de 0,5 ponto porcentual. O índice mínimo de capitalização exigido pelo Banco Central é de 11%. O Basileia mede quanto o banco pode emprestar sem comprometer seu capital.

Do consolidado total no primeiro trimestre, 11% é composto pelo chamado capital nível 1 (ou "tier 1", que inclui os recursos de maior qualidade, como lucros

retidos). O Bradesco destaca em relatório da administração que a redução do índice de basileia na comparação trimestral foi influenciada pelo aumento na parcela de risco de mercado e compensado, em parte, pela emissão de letras financeiras subordinadas para compor o nível II no primeiro trimestre de 2013, no valor de R$ 1,234 bilhão.

Além disso, o banco lembra, conforme o documento, que, em março de 2013, o Banco

Central divulgou um conjunto de quatro resoluções e quinze circulares, que implantam no Brasil as recomendações do Comitê de Supervisão Bancária de Basileia relativas à estrutura de capital de instituições financeiras, conhecidas em seu conjunto por "Basileia III". A implantação da nova estrutura de capital no País, segundo o banco, inicia-se a partir de 1º de outubro de 2013.

Os recursos captados e administrados pelo Bradesco atingiram a marca de R$ 1,277 trilhão ao final de março deste ano, aumento de 17,5% em comparação com o mesmo mês de 2012. Em relação ao quarto trimestre de 2012, a alta foi de 4,3%.

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