Negócios

Serasa toca até música para flores para motivar pessoas

Aulas de música, circo, teatro, musculação... conheça as alternativas adotadas pela companhia para garantir a qualidade de vida – e empenho – de todos os empregados

Sede da Serasa: ambiente adaptado para ofertar qualidade de vida aos funcionários (Divulgação)

Sede da Serasa: ambiente adaptado para ofertar qualidade de vida aos funcionários (Divulgação)

Tatiana Vaz

Tatiana Vaz

Publicado em 13 de fevereiro de 2012 às 09h41.

São Paulo - Os funcionários da Serasa Experian tem uma rotina pouco comum comparada à maioria dos demais profissionais das grandes empresas do país. Às segundas, depois do expediente, um grupo faz aulas de circo. Terça, na hora do almoço, é dia de coral e, nos outros dias da semana, interessados se dividem em aulas de música que vão de cavaquinho e percussão a saxofone e violino.

Cada atividade foi estrategicamente escolhida pela direção da companhia – algumas com ajuda dos próprios funcionários - para tornar o ambiente de trabalho mais agradável. A finalidade é fazer com que o desempenho de todos os 2.600 funcionários no Brasil seja tão crescente e criativo, quanto às maneiras adotadas pela empresa para motivá-los.

“Todo nosso ambiente é pensado para alinhar nossos valores, que incluem garantir a qualidade de vida de todos”, afirma Milton Luis Figueiredoio Pereira, diretor de recursos humanos da companhia.

As iniciativas já existiam, mas foram intensificadas depois que a companhia foi comprada pelo grupo irlandês de análise de crédito Experian, em 2007. “Tivemos que repensar e redefinir quais valores seriam mantidos ou precisávamos melhorar para não perdermos nossa cultura ao adaptar os negócios à maneira dos novos controladores”, diz o diretor.

Ambientes adaptados

A preocupação da Serasa com a qualidade da vida dos funcionários pode ser notada logo ao entrar na sede da empresa, localizada em um bairro arborizado na zona sul da capital paulista. Um jardim lateral acompanha a passagem dos visitantes até a recepção e chama atenção por algo que vai além das flores bem cuidadas: em meio a elas, uma música ecoa do jardim. Ou melhor, ecoa de caixas de som em formato de pedras espalhadas pelo local – mas, sim a impressão é a da música realmente ser destinada às flores, o que remete um ar de graça às pessoas que fazem o trajeto.

As tais pedras musicais estão também nos demais cômodos da empresa. Cada ambiente tem o som, propositalmente, escolhido de acordo com o “espírito” que a companhia quer transmitir. O jardim tem músicas mais tranquilas, no restaurante domina as mais animadas, o espaço de convivência varia entre rock e clássica. Tudo para tornar o ambiente ainda mais propício para o uso comum.

“Toda sede foi pensada para garantir a qualidade de vida de nossa equipe, já que é aqui que passamos a maior parte do tempo. A resposta foi o engajamento de todos com as metas”, afirma Pereira.

Adaptações foram sendo feitas de acordo com as novas necessidades das 1.800 pessoas que trabalham no escritório central. Mas ambientes com propostas diferentes é o que não falta. Além de um aquário grande, mantido pelos próprios funcionários, a sede conta com um espaço ecumênico, sala de meditação, biblioteca repleta de pufes coloridos e uma sala para as aulas de música, teatro e dança.

Trabalho voluntário e grupo de corrida também são disponíveis para quem quer extrapolar a convivência para fora da empresa. A integração acontece entre todos, independente do cargo. Tanto que há diretores, no coral e fazendo aulas de circo outros no grupo de corrida. “As relações melhoraram ao se tornarem mais humanas. Não é melhor trabalhar num lugar assim?”, diz Milton. 

Acompanhe tudo sobre:Empresasempresas-de-tecnologiaExperiangestao-de-negociosMotivaçãoSerasa Experian

Mais de Negócios

'E-commerce' ao vivo? Loja física aplica modelo do TikTok e fatura alto nos EUA

Catarinense mira R$ 32 milhões na Black Friday com cadeiras que aliviam suas dores

Startups no Brasil: menos glamour e mais trabalho na era da inteligência artificial

Um erro quase levou essa marca de camisetas à falência – mas agora ela deve faturar US$ 250 milhões