Negócios

Será difícil combater a poluição, diz Conselho da China

A China anunciou metas para a despoluição do ar e da água e medidas para combater as emissões de carbono

Poluição: Pessoas usam máscaras de proteção  em Pequim, China. 21 de dezembro de 2016 (Jason Lee/Reuters)

Poluição: Pessoas usam máscaras de proteção em Pequim, China. 21 de dezembro de 2016 (Jason Lee/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 8 de novembro de 2021 às 07h43.

Última atualização em 8 de novembro de 2021 às 07h44.

A China tem um "longo caminho pela frente" em termos de proteção ambiental, reconheceu o Conselho de Estado do país neste domingo, ao anunciar um combate "profundo" à poluição com o anúncio de novas metas relativas à despoluição do ar e da água e medidas para combater as emissões de carbono.

O Conselho de Estado, gabinete do governo da China, disse que houve algumas melhorias na situação ecológica do país desde o lançamento da campanha antipoluição, informou a agência de notícias estatal Xinhua.

Receba gratuitamente a newsletter da EXAME sobre ESG. Inscreva-se aqui

Mas o Conselho disse que será difícil combater a poluição e garantir que as emissões de carbono atinjam o pico em 2030 e que a neutralidade de carbono seja enfim alcançada até 2060, conforme prometido pelo presidente Xi Jinping.

A China é o maior emissor mundial de gases de efeito estufa.

"A campanha de proteção ecológica e ambiental tem um longo caminho pela frente", disse o Conselho em um comunicado.

A China planeja aumentar para 79% a proporção de água de boa qualidade em suas regiões costeiras, eliminar a alta poluição do ar, controlar efetivamente os riscos de poluição do solo e aumentar significativamente a capacidade de tratamento de resíduos sólidos e novos poluentes, disse o Conselho.

O governo também prometeu cortar a quantidade de compostos orgânicos voláteis (VOCs), emitidos principalmente pelas indústrias química e petrolífera, e de óxidos de nitrogênio em pelo menos 10% até 2025, na comparação com os níveis de 2020, e assim interromper o aumento da poluição da camada de ozônio.

O país também tentará cumprir os seus ambiciosos objetivos ambientais sem afetar drasticamente a atividade econômica e industrial e a vida cotidiana das pessoas, disse o Conselho, acrescentando que a agenda ambiental também vai se coordenar com outras ações nacionais, incluindo campanhas de segurança alimentar e energética.

O Conselho de Estado pretende tornar cerca de 93% de suas terras agrícolas atualmente contaminadas aptas para plantação até o final de 2025, contra os 90% que estavam previstos para o final de 2020, e reduzir os resíduos de metais pesados descartados por indústrias-chave em 5% na comparação com os níveis de 2020.

Acompanhe tudo sobre:PoluiçãoMeio ambienteChinaEfeito estufaCOP26Exame na COP26

Mais de Negócios

Floripa é um destino global de nômades digitais — e já tem até 'concierge' para gringos

Por que essa empresa brasileira vê potencial para crescer na Flórida?

Quais são as 10 maiores empresas do Rio Grande do Sul? Veja quanto elas faturam

‘Brasil pode ganhar mais relevância global com divisão da Kraft Heinz’, diz presidente