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Sem medo da crise, multinacional de TI desembarca no Brasil

Norte-americana Gigamon anunciou nesta terça-feira (29) que começará a operar no país. Empresa vende soluções para otimizar ferramentas de monitoramento e segurança


	Gigamon: empresa espera faturar US$ 200 milhões em 2015. Nos próximos cinco anos, quer quintuplicar a cifra
 (Divulgação/Gigamon)

Gigamon: empresa espera faturar US$ 200 milhões em 2015. Nos próximos cinco anos, quer quintuplicar a cifra (Divulgação/Gigamon)

Luísa Melo

Luísa Melo

Publicado em 29 de setembro de 2015 às 18h07.

São Paulo - Em contraponto à onda de desinvestimentos provocada pela crise econômica, a multinacional norte-americana de TI Gigamon anunciou nesta terça-feira (29) que desembarcará no Brasil.

Fundada em 2004 no Vale do Silício, a empresa espera faturar 200 milhões de dólares neste ano e tem planos de expansão agressivos. Sua meta é atingir receitas anuais de 1 bilhão de dólares no mundo todo dentro dos próximos cinco anos.

No ano passado, anunciou que levaria seus negócios para a Europa, Ásia e Oceania. Agora, quer avançar sobre o mercado latino-americano.

A Gigamon vende soluções complementares a ferramentas de monitoramento, gestão e análise de dados. Seus principais clientes são grandes provedores de serviços, bancos, estatais e data centers, entre eles gigantes como Cisco e Apple.

Os produtos da companhia, segundo ela, permitem uma ampla visualização das informações disponíveis nas redes dos clientes. Dessa forma, eles ampliam as funcionalidades de segurança e monitoramento dos softwares de gestão que essas empresas já usam.

"Em vez de comprar novas ferramentas de gestão e segurança, os clientes adquirem nossas soluções, que tornam as estruturas que eles já têm mais sofisticadas, a um custo bem menor. Por isso, a crise é uma oportunidade para nós", explicou Carlos Perea, vice-presidente de vendas da Gigamon para a América Latina, em entrevista a EXAME.com. 

Na visão do executivo, o mercado de atuação da Gigamon só tende a crescer.

"Grandes bancos, seguradoras e gigantes de varejo, não podem deixar de investir em tecnologia de segurança e monitoramento porque as ameaças de invasores à rede são cada vez maiores. Estar vulnerável pode custar muito mais caro, então o que essas empresas podem fazer é otimizar os gastos nessa área. E nossas soluções custam menos", comentou Perea.

De acordo com ele, as tecnologias da Gigamon possibilitam aos clientes uma economia de até 50% em recursos de monitoramento de tráfego e segurança de rede.

Estrutura no Brasil

A Gigamon não abriu o valor do investimento inicial que fará no país, apenas disse que ele "está na faixa de milhões de dólares".

A princípio, a unidade da companhia, em São Paulo, terá apenas três funcionários: o diretor-geral da operação brasileira, Marcelo Maldi, um diretor regional de vendas e um engenheiro de sistemas. 

A partir do próximo mês, novas contratações serão feitas, mas a companhia não revela quantas. As atividades devem estar completamente instaladas até janeiro do ano que vem. Futuramente, um segundo escritório será aberto em Brasília. 

Além do Brasil, haverá também um centro administrativo e uma fábrica no México. Junto com a do Brasil, essa base vai abastecer também o Peru, Colômbia, Chile e Argentina.

A Gigamon cresce em média 45% ao ano. Hoje, Cerca de 85% de suas receitas são provenientes dos Estados Unidos e Canadá.

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