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Sem avanço nas negociações, greve continua na Mercedes-Benz

Na sexta-feira, os metalúrgicos rejeitaram proposta de acordo coletivo que previa a reposição salarial pelo INPC na data-base (maio) mais abono

Mercedes-Benz: planta da companhia em São Bernardo tem 8 mil trabalhadores (Saulo Pereira Guimarães/EXAME.com/Site Exame)

Mercedes-Benz: planta da companhia em São Bernardo tem 8 mil trabalhadores (Saulo Pereira Guimarães/EXAME.com/Site Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de maio de 2018 às 17h17.

São Paulo - Em greve desde a última segunda-feira, 14, os trabalhadores na Mercedes-Benz em São Bernardo (SP) decidiram na manhã desta segunda-feira, 21, manter a paralisação por tempo indeterminado. A decisão foi tomada após serem informados em assembleia de que não houve avanços nas negociações entre o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e a montadora ocorridas no fim de semana.

Haverá novas reuniões ao longo do dia e uma nova assembleia está marcada para a terça-feira, 22, às 7h30, para informes.

"Assim que acabou a assembleia na sexta-feira, comunicamos o resultado para a direção da fábrica e reforçamos que precisaríamos reabrir as conversas e avançar nas propostas", explicou o secretário-geral do Sindicato, Aroaldo Oliveira da Silva.

"No fim de semana, voltamos à mesa de negociação, mas a empresa continuou contra a incorporação do reajuste no salário e rejeitando mudanças na fórmula de cálculo do PLR. Como não deu nenhum sinal de avanço nas conversas, a greve está mantida", afirmou.

Na sexta-feira, os metalúrgicos rejeitaram proposta de acordo coletivo que previa a reposição salarial pelo INPC na data-base (maio) mais abono, sem incorporação nos salários.

Em campanha salarial, com data-base em maio, os trabalhadores têm mantido a fábrica parada durante todos os dias do movimento.

A planta da Mercedes-Benz em São Bernardo tem 8 mil trabalhadores.

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