Enquanto torcem para a Seleção ir até a final, gestores precisam se preparar para não serem driblabos pelos prazos (.)
Da Redação
Publicado em 2 de julho de 2010 às 14h20.
São Paulo - O Brasil inteiro está na torcida pelo hexa, na Copa do Mundo na África do Sul, mas, para evitar que a euforia acabe prejudicando os projetos e a rotina das empresas, gestores devem estar preparados para lidar com torcedores mais empolgados e, pior, menos concentrados. Eliane Figueiredo, presidente da consultoria Projeto RH, dá algumas dicas para os gestores manterem o patriotismo da equipe, sem diminuir a produtividade no trabalho.
Esteja alinhado à cultura de sua empresa. "É preciso saber qual é o contexto que a companhia está situada para, depois, pensar nos jogos", diz a consultora. O planejamento de uma companhia que tem prazos curtos para cumprir ou que está sempre lidando com urgências será diferente daquela que trabalha com projetos mais flexíveis. Isso deve determinar o comportamento do gestor na hora de estabelecer as regras para assistir aos jogos.
Conheça sua equipe. É preciso saber quão importante a Copa é para seus liderados. Um time que considera a Copa como algo muito importante dificilmente vai entender restrições impostas sem necessidade. Isso leva à próxima dica.
Seja flexível na hora de estabelecer como será a escala de trabalho. Há pessoas que preferem ver o jogo e voltar ao trabalho. Há aquelas que preferem não ir trabalhar e compensar as horas em outro momento. E, ainda, há aquelas que sequer querem assistir às partidas. Dar um tratamento diferenciado a cada membro, de acordo com a necessidade dele e da empresa, pode evitar que funcionários compareçam ao trabalho apenas para "cumprir tabela".
Faça o planejamento prévio do trabalho. Para respeitar os prazos e não prender ninguém no trabalho durante o jogo, tente ajustar a agenda de projetos e entregas para antes da partida. O importante é não deixar a Copa prejudicar os negócios da empresa e a credibilidade da equipe.
Chame os torcedores mais exagerados para uma conversa. O bolão da empresa, as partidas entre as outras seleções, ou outras notícias gerais da Copa também podem roubar a energia e o foco de alguns membros da equipe. Nesse caso, o melhor é chamar o funcionário para uma conversa mais reservada. "Essa pode até ser uma oportunidade de saber se ele está realmente satisfeito com o ambiente de trabalho", diz Eliane.
Não se prenda a horas, mas a resultados. Um funcionário de corpo presente, porém com a cabeça longe, não tem grande utilidade para os negócios. Por isso, se os resultados estão aparecendo e os prazos sendo cumpridos, talvez não seja necessário se apegar às horas perdidas com os jogos, mas sim ao rendimento da equipe nas horas antes e depois da partida.