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Segmento premium é receita do lucro da Ambev

As bebidas de maior valor agregado, ainda que sejam mais caras de serem produzidas, têm um preço médio final mais alto


	Ambev: bebidas de maior valor agregado, ainda que sejam mais caras para produzir, têm um preço médio final mais alto
 (Marcello Bravo)

Ambev: bebidas de maior valor agregado, ainda que sejam mais caras para produzir, têm um preço médio final mais alto (Marcello Bravo)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 6 de maio de 2015 às 15h53.

São Paulo - Cervejas premium e artesanais e bebidas à base de malte são a receita para o crescimento da Ambev. O lucro, no primeiro trimestre do ano, foi de 2,97 bilhões de reais, alta de 14% em relação ao mesmo período no ano anterior.

No Brasil, ainda que o volume de vendas tenha crescido apenas 0,4% no primeiro trimestre de 2015, em comparação com o mesmo período no ano passado, as receitas subiram 10,7%.

As bebidas de maior valor agregado, ainda que sejam mais caras de serem produzidas, têm um preço médio final mais alto. 

“O preço [do segmento premium] influencia o crescimento da receita”, afirma o diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Nelson Jamel, destacando o crescimento da Budweiser.

Os lançamentos recentes são um exemplo do foco premium, como a Skol Beats Senses, bebida à base de cerveja que pode ser misturada com gelo.

No ano passado, a Ambev adquiriu a mineira Wäls. O negócio deu à empresa sua primeira cerveja artesanal, um caminho que ela já vinha abrindo com o lançamento da Bohemia Reserva, da Jabutiba, da Bela Rosa e da Caá-Yari.

Outro destaque é a Corona, cerveja mexicana lançada no fim do ano passado. A partir de março, ela passou ser vendida em pontos de venda específicos.

Com a joint venture com a Whirpool em março deste ano, a Ambev planeja criar bebidas não alcóolicas que possam ser feitas em casa. “No futuro, a Guaraná Antártida pode ser preparada em casa, na máquina B.Blend”, afirmou Jamel.

Apesar do desenvolvimento de produtos diferentes, “ainda não saímos no nosso negócio, que é cerveja”, assegura o diretor financeiro.

De acordo com ele, “procuramos endereçar as necessidades dos consumidores que não são preenchidas pelas cervejas tradicionais”, com sabores mais adocicados, que lembrem brindes ou coquetéis.

Para esse ano, a empresa não comentou sobre a possibilidade de compras de outras cervejarias artesanais, como fez com a Wäls no ano passado.

“Acreditamos que temos um portfólio de marcas fortes e pretendemos lançar produtos nossos, mesmo”, diz Jamel.

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