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Você consegue ser um Felipão para sua equipe?

Você pode não ter uma equipe brilhante, mas seu estilo de gestão pode levá-la a bater metas e entregar resultados

Técnico Felipão, do Palmeiras, ao ganhar a Copa do Brasil 2012: estilo do líder é fundamental para compensar equipes modestas (Paulo Whitaker/Reuters)

Técnico Felipão, do Palmeiras, ao ganhar a Copa do Brasil 2012: estilo do líder é fundamental para compensar equipes modestas (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2012 às 14h47.

São Paulo – O Palmeiras de Luiz Felipe Scolari conquistou, nesta quarta-feira, seu primeiro título nacional, após um jejum de 12 anos – a Copa do Brasil. A vitória mostra como Felipão soube tirar o melhor de uma equipe modesta, sem grandes talentos e cheia de defeitos – um desafio frequente na vida de todo gestor.

A desclassificação do Santos de Neymar e Ganso da Libertadores é o exemplo claro de que grandes talentos nem sempre são suficientes para uma equipe entregar resultados. Dependendo do estilo do líder, é possível tirar leite de pedra de profissionais medianos – e formar uma empresa campeã, como Felipão fez com o Palmeiras.

Veja, a seguir, 3 atitudes de Felipão que o levaram a criar uma equipe vencedora – e que podem ser replicadas no seu dia-a-dia:

1. Mantenha o foco no resultado

Parece banal, mas há líderes cujo foco não é o resultado. Os especialistas em gestão de pessoa afirmam que há três fatores motivacionais clássicos. O resultado é apenas um deles. Os outros são o foco em se sentir parte de um grupo e o foco em conquistar status e poder.

É claro que isso aparece misturado no estilo de todo gestor, mas há sempre um traço que prevalece. No caso de Felipão, conquistar a Copa do Brasil e, por tabela, uma vaga para o Palmeiras na Libertadores de 2013 eram as metas claras a serem batidas – e todo o seu esforço se concentrou nisso.

2. Valorize a equipe

Outra coisa que é mais fácil dizer, do que fazer. Nesse caso, Felipão não tinha alternativa, a não ser apostar no conjunto. Sem talentos individuais para decidir uma partida – com exceção, talvez, de Marcos Assunção nas bolas paradas e do atacante Barcos -, o treinador fortaleceu o espírito de equipe.


São exemplares as declarações dos jogadores, após a partida desta quarta-feira. No geral, todos destacaram o espírito de grupo. Daniel Carvalho, por exemplo, disse que não há titulares e reservas no Palmeiras – todos têm o mesmo empenho. Luan, que jogou praticamente todo o segundo tempo machucado, enfatizou a capacidade de superação da equipe.

3. Saiba quando fechar a boca

Este é, reconhecidamente, o calcanhar-de-aquiles de Felipão. O técnico é reconhecido pelas suas declarações públicas e raivosas contra a diretoria, jogadores e imprensa, quando as coisas não vão bem. Não é preciso ser um gênio para saber o quanto isso estraga o clima de uma equipe.

E isto tem a ver com o estilo de Felipão. Os especialistas em gestão baseiam muito de seu trabalho com pessoas na teoria das cores. Todo profissional teria uma cor predominante, que define seu estilo. No caso de Felipão, é o vermelho, que caracteriza os profissionais com foco em conquistas e novos desafios.

O problema é que todo líder com predominância dessas caraterísticas tem, também, seu lado sombrio: em dias ruins, se torna autoritário e intolerante. E quem acompanhou a trajetória do Palmeiras no ano passado e início deste ano viu o quanto as críticas de Felipão à equipe e à diretoria azedaram o clima – e contribuíram para não trazer bons resultados.

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