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Se Aécio for eleito, deixo o Gávea, diz Armínio Fraga

Fraga, que é o principal acionista do fundo, deu uma entrevista à revista VEJA, que chegou às bancas neste sábado


	Com certeza me desvincularia da Gávea, diz Armínio Fraga
 (Wikimedia Commons)

Com certeza me desvincularia da Gávea, diz Armínio Fraga (Wikimedia Commons)

Diogo Max

Diogo Max

Publicado em 23 de agosto de 2014 às 12h53.

São Paulo – Eventual ministro da Fazenda (se Aécio Neves for eleito pelo PSDB no pleito deste ano), Armínio Fraga disse que, se assumir a pasta, vai deixar o fundo de private equity Gávea, criado pelo ex-presidente do Banco Central em 2003.

"Com certeza me desvincularia da Gávea. Venderia minhas cotas na empresa", afirmou Fraga, que é o principal acionista do fundo, em uma entrevista concedida à revista VEJA, que chegou às bancas neste sábado.

Ele também disse que seus investimentos pessoais seriam colocados em uma conta cega, da qual não teria acesso antes de deixar o governo.

"Minha única exigência é que a carteira fosse concentrada em investimentos no Brasil", acrescentou o ex-chefe do Banco Central do segundo mandato do governo FHC.

Na longa entrevista, o conselheiro econômico de Aécio Neves fez críticas à situação econômica do país, com crescimento fraco, inflação em alta e baixa produtividade do trabalhador brasileiro.

Fraga também disse que assumir o ministério da Fazenda agora é um desafio maior do que ter entrado em meio a uma crise cambial, em 1999.

"Hoje não temos uma crise aguda, mas o quadro geral é profundo", explicou.

Negócios

Neste ano, o Gávea já investiu R$ 100 milhões para financiar a Camisaria Colombo, após ter comprado 30% da empresa em 2013.

O fundo também tentou comprar o controle do laboratório Fleury, chegando a levantar até R$ 1 bilhão, mas as negociações não avançaram.

Atualmente, o fundo possui um patrimônio sob gestão de R$ 16 bilhões.

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