André Antunes, da Scalper: A scalper se torna concorrente da família de plataformas da Nelogica dentro do próprio grupo” (Scalper/Divulgação)
Repórter de Negócios
Publicado em 22 de novembro de 2023 às 20h57.
Última atualização em 23 de novembro de 2023 às 07h19.
A relação entre a escola de formação de traders Scalper e a empresa de tecnologia Nelogica entrou em uma nova fase. A provedora de tecnologia de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, conhecida pelo desenvolvimento de plataformas usadas por investidores pelo país, comprou uma participação minoritária da escola, que começa um processo para verticalizar a operação.
Ao longo da última década, as duas empresas mantiveram uma relação constante e próxima. Muitos dos alunos da Scalper usam as ferramentas da Nelogica para operar no mercado financeiro. Com o novo movimento, a Scalper começa a oferecer plataformas próprias para que traders e outros investidores operem.
“A scalper se torna concorrente da família de plataformas da Nelogica dentro do próprio grupo”, afirma André Antunes, fundador e CEO da Scalper. As empresas não informaram os valores negociados nem a participação adquirida pela Nelogica.
O executivo criou a empresa lá em 2012, momento embrionário das conversas sobre trading e operações em minicontratos (dólar e índice). Desde então, a Scalper contabiliza uma base de mais de 2,5 milhões de alunos. “Nós teremos a família de plataformas do Profit, da Nelogica, e a família de plataformas da Scalper dentro do mesmo ecossistema”, diz.
O acordo foi costurado nos primeiros sete meses deste ano e o anúncio ocorre agora com a entrada em circulação da primeira plataforma da Scalper, concorrente da Profit Pro, a mais famosa ferramenta no portfólio da Nelogica. A versão da Scalper já está disponível nas principais corretoras de grupos como o BTG (do mesmo grupo controlador da EXAME).
“A partir de agora, o cliente faz um curso comigo e opera pela minha plataforma. Com isso, a experiência do aluno fica muito mais completa e, principalmente, muito mais fácil entender onde ele sentiu dificuldade, onde parou porque a plataforma anda agora mais próxima do educacional”, afirma Antunes.
Para os próximos meses, a Scalper deve colocar dois outros produtos: uma plataforma para negociação de criptoativos e outra para mercados globais. A primeira deve ser oferecida a partir de janeiro e a segunda em março.
As iniciativas caminham em direção a diversificar cada vez mais o negócio. Hoje, as operações de day trade, com negociações de mini dólar e mini índice, dominam a procura por cursos na Scalper, mas o desejo da empresa é de ampliar os horizontes e as novas plataformas foram pensadas para contribuir com esse processo.
Para além de novas áreas de atuação, a Scalper olha também outras regiões. "Com as plataformas de cripto e global, nós estamos pensando em todo o mercado. Primeiro, queremos consolidar em língua portuguesa, depois avançar para os hispanohablantes, que é a maior língua do mundo, e chegar ao inglês. E, com isso, queremos globalizar o educacional também”.