Copo com suco de laranja e laranjas cortadas ao meio ao lado (GettyImages/Getty Images)
Karin Salomão
Publicado em 19 de outubro de 2017 às 15h48.
Última atualização em 24 de outubro de 2017 às 13h48.
São Paulo – Internet das coisas, inteligência artificial e sistemas em nuvem podem ajudar empresas a serem mais eficientes. Nesses segmentos, as inovações mais conhecidas são nos setores de varejo e indústria. Mesmo assim, o Brasil lidera o desenvolvimento de novos sistemas para a agropecuária na SAP, empresa de softwares gestão.
“Por causa da importância da agropecuária para o Brasil, somos um dos centros de desenvolvimento de sistemas para o setor”, afirmou a presidente da SAP Brasil, Cristina Palmaka.
A empresa de softwares cria soluções para o agronegócio no seu laboratório em São Leopoldo, Rio Grande do Sul, que depois são usadas em outros escritórios pelo mundo.
No terceiro trimestre do ano, a empresa viu as suas receitas com soluções para agronegócio crescerem três dígitos em relação ao mesmo período do ano anterior.
Um dos clientes é a Citrosuco, que é responsável por cerca de 25% do mercado global de suco de laranja. A empresa, que já era cliente da SAP, implementará um novo sistema para automatizar diversos processos.
Com a nova tecnologia, ela conseguirá acompanhar em tempo real sua produção, a localização de cada um dos caminhões e a produtividade das máquinas, entre outros dados.
"Com um produto tão perecível quanto o suco de laranja, a busca pela eficiência reduz os custos de produção", afirma Palmaka.
O novo sistema da Citrosuco usa computação em nuvem, assim como quase todas as inovações da companhia. No Brasil, a divisão é a que mais cresce, pelo sétimo trimestre consecutivo. “Crescemos dois dígitos esse trimestre em serviços na nuvem, já em cima de uma base bastante sólida”, disse a presidente.
“O foco em nuvem faz parte de uma estratégia da SAP de transformação global, que começou há 6 anos”, diz. O Brasil estava atrasado na implementação dos serviços em nuvem em relação aos outros países em que a SAP opera, diz a presidente. No entanto, nos últimos anos, “vimos isso se reverter radicalmente”, explica a presidente.
A SAP apresentou lucro global de 1,3 bilhão de euros. O faturamento global de softwares e serviços em nuvem foi de 4,66 bilhões de euros, aumento de 5%. Nas Américas, o crescimento nesse segmento foi de 2%.
Já no Brasil, receita com o valor total de contratos em cloud teve alta de dois dígitos, em comparação com o mesmo período do ano anterior.
O desenvolvimento de serviços em nuvem é especialmente relevante para as pequenas e médias empresas, afirma a executiva. Com essa modalidade, elas conseguem ter o mesmo sistema que grandes empresas, de forma mais acessível.
“As companhias menores não têm uma grande infraestrutura de tecnologia e equipe para manter os servidores, assim como as maiores”, explica Palmaka. Com os sistemas em nuvem, essa estrutura fica a cargo da SAP.
A SAP Brasil aumentou em três dígitos as vendas do principal produto da empresa para PMEs, o software de gestão SAP Business One.