<b>SAP NOW Brasil</b>: evento reuniu Patricia Madonado, Carl Amorim, Alexandre Palmieri e Carlos Piazza (SAP BRASIL/Divulgação)
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Publicado em 15 de dezembro de 2021 às 09h00.
Última atualização em 15 de dezembro de 2021 às 13h49.
Caso fosse possível hackear o futuro, de que forma sua empresa se beneficiaria disso? É uma pergunta com inúmeras respostas, mas que também esconde outra questão, menos filosófica: de que maneira sua companhia está impulsionando a transformação e a inovação nos negócios de olho nos próximos meses e anos?
Eis a pergunta que norteou a mesa redonda, virtual, promovida pela SAP Brasil com a participação de Carl Amorim e Carlos Piazza.
Coordenador do curso de pós-graduação em blockchain da FGV, o primeiro é diretor da Fiesp para blockchain e superintendente da ABCripto, associação brasileira de criptoeconomia.
Piazza é especialista em negócios digitais, disrupção e aceleração digital. O encontro ainda teve a participação de Alexandre Palmieri, vice-presidente de Marketing do WTC São Paulo Business Club, e da jornalista Patrícia Maldonado, que fez as vezes de anfitriã.
“Vemos um novo mundo emergindo e nele as empresas buscam cada vez mais ser inteligentes”, disse ela, na abertura do evento. “Ficou clara a importância da digitalização de processos e da análise de dados. Companhias que apostam na transformação digital crescem e consequentemente oferecem serviços melhores para colaboradores e clientes”.
Piazza lembrou de uma célebre frase que resume a sociedade há décadas: “Temos emoções paleolíticas, empresas medievais e tecnologia divina”. Argumentou, em seguida, que isso, obviamente, é um problema.
“A tecnologia é um gatilho da aceleração, mas são as pessoas que respondem por ela”, observou. “Transformação digital não depende de máquina, de sistemas ou algoritmos, depende de gente”. Concluiu o raciocínio dizendo o seguinte: “Ou as empresas entendem que a tecnologia afeta as relações sociais e que precisam se adaptar a isso, ou continuarão presas ao passado”.
O especialista também destacou que a pandemia acelerou o futuro em dez ou quinze anos. “A transformação digital não foi motivada por uma demanda reprimida”, lembrou. “As empresas adiaram fazê-la por anos, sempre com a desculpa de falta de budget”.
Por fim, Piazza defendeu que se não aprendermos com a história, sempre estaremos fadados a aliviá-la. “Se não mudarmos o futuro desde já, seremos obrigados simplesmente a suportá-lo, o que pode ser pior”, cravou. “Quem entender isso, chegará na frente”.
Amorim acrescentou: “Inovação não é sinônimo de novas tecnologias, e sim do efeito delas na sociedade”. Lembrou que o iPhone, em si, não é uma invenção do outro mundo. Já o marketplace de apps que veio com ele são outros quinhentos, pois incentivou a sociedade a se apoderar dos aplicativos, hoje usados para praticamente tudo.
“As empresas precisam olhar a tecnologia de outra forma”, defendeu o especialista. “Hoje tanto o grande empresário quanto o pequeno têm acesso ao mesmo volume de tecnologia para tocar suas operações”, afirmou Amorim. Moral da história: o futuro não é algo que deva ser previsto, precisa ser construído.
O encontro deu continuidade à edição de 2021 do SAP NOW Brasil, maior evento digital de tecnologia do país. Também é organizado pela SAP Brasil, líder de mercado no segmento de software para aplicativos empresariais. Algumas das principais conversas podem ser conferidas no site do Portal da Empresa Inteligente.
Os participantes de um desses bate-papos foram Carlos Ricardo Andrade, Head de Supply Chain na Bayer; e Claudia Amorim, executiva de vendas na SAP Brasil.
A executiva lembrou que, na pandemia, a farmoquímica aderiu a um modelo mais digital e transformacional, que se traduziu em mais agilidade. “Agora, nós geramos muitos dados estruturados. Eles nos permitem criar modelos preditivos que estão ajudando na tomada de decisões”, disse Andrade em seguida. “Em vez de olhar para indicadores que mostram o passado, agora podemos enxergar o futuro.”
A verdade é que analytics, cybersecurity, sociedade 5.0 e inteligência artificial são alguns dos temas com os quais toda empresa precisa se familiarizar — caso queira se manter relevante nos próximos anos e décadas.
Também é correto afirmar que a gestão eficiente de dados pode dar todas as respostas necessárias para a tomada de decisões. As soluções de gerenciamento de dados e banco de dados permitem processar o crescente volume de informações em vários locais.
Convém acrescentar que empresas inteligentes são as que utilizam tecnologias inovadoras para obter melhores resultados, com mais velocidade e economia. Elas precisam não só ficar por dentro do que está em alta no mundo dos negócios, mas tornar o cliente a peça central de seus processos para garantir um excelente posicionamento entre colaboradores, parceiros e stakeholders.
Daí a importância do ERP (Enterprise Resources Planning), da SAP, um sistema integrado de gestão de recursos empresariais. Ajuda a executar os principais processos em um único sistema para os diversos departamentos de uma companhia.
Já a SAP BTP (SAP Business Technology Platform) reúne aplicativos inteligentes com recursos de gerenciamento de dados e banco de dados e funções analíticas, entre outras. Trata-se de uma única plataforma para ambientes híbridos e na nuvem, incluindo centenas de integrações pré-incorporadas para aplicativos da SAP e de terceiros.