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São Martinho estrutura hub de inovação e pode comprar startups

Intenção do grupo é oferecer acelerador para startups e depois oferecer modelos de negócio às novas pequenas empresas

Agronegócio: (valio84sl/Thinkstock)

Agronegócio: (valio84sl/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de março de 2018 às 15h40.

São Paulo - O Grupo São Martinho está estruturando um hub de inovação aberta destinado a encontrar novas tecnologias que atendem a demandas específicas da empresa e também acelerar startups de agricultura digital e outras áreas com soluções que despertem interesse do grupo, disse ao Broadcast Agro o assessor de Tecnologia do Grupo, Walter Maccheroni Junior.

"Dependendo dos resultados apresentados pelas startups aceleradas (desenvolvidas) pelo hub, podemos considerar em um segundo momento diversos modelos de negócios com estas empresas, como sociedade, exclusividade do uso da tecnologia ou até aquisição da startup", disse Junior nos bastidores do Agrifutura, feira de inovação no agronegócio realizada neste fim de semana na capital paulista.

Segundo Junior, boa parte dos softwares voltados ao setor agropecuário não foi elaborada para oferecer soluções em tempo real e traça somente o diagnóstico de uma situação que já aconteceu no campo. "Estamos focados em utilizar os dados gerados nas operações agrícolas para antecipar problemas e, desta forma, reduzir os custos da operação", disse.

Em sua apresentação na Agrifutura, o assessor do Grupo São Martinho falou da experiência da Usina São Martinho, uma das quatro do grupo, ao adotar uma tecnologia de internet 4G não vinculada às operadoras de telefonia que atuam no País. A solução foi desenvolvida pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), entidade independente que também participou do evento. Dentro do projeto, iniciado no ano passado, o CPqD instalou equipamentos com internet 4G em máquinas agrícolas da usina, que permitiram a transmissão em tempo real de dados das atividades agrícolas para a sede da usina.

O grupo investiu aproximadamente R$ 48 milhões no projeto, dos quais 70% já foram aplicados em equipamentos e o restante será destinado ao desenvolvimento de softwares que transformem os dados em recomendações para prevenir problemas no campo e nas usinas.

Segundo Júnior, a estimativa é de que o Grupo economize cerca de R$ 60 milhões por ano com redução de custos e aumento da produtividade nas lavouras, na produção de açúcar e etanol, operação do maquinário agrícola, eficiência em uso de diesel, entre outras operações.

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