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São Carlos tem queda de 38,7% no lucro líquido

Empresa de investimentos e administração de imóveis comerciais tem 306 milhões de reais em caixa e planeja novas aquisições

Conjunto de edifícios onde a São Carlos possui unidades: em 2010 a empresa investiu 450 milhões de reais na aquisição de imóveis (Divulgação)

Conjunto de edifícios onde a São Carlos possui unidades: em 2010 a empresa investiu 450 milhões de reais na aquisição de imóveis (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2012 às 14h25.

São Paulo - A São Carlos, empresa de investimentos e administração de imóveis comerciais, registrou uma queda de 38,7% no seu lucro líquido no primeiro trimestre de 2011. No período, o montante foi de 11,8 milhões de reais.

A queda no lucro tem efeitos não recorrentes e contábeis, segundo Fábio Russo Corrêa, diretor de relações com investidores. “O lucro de 2010 tem o efeito muito grande da venda de uma loja de 2010, tivemos um lucro contábil, que distorce um pouco a comparação”, disse.

A empresa encerra o primeiro trimestre com saldo de caixa de 306 milhões de reais. O caixa é fruto da venda de imóveis realizada em 2010. A São Carlos calcula que, com esse saldo e com sua capacidade de alavancagem de 70% nas aquisições de imóveis junto aos bancos comerciais, ela tenha atualmente um poder de compra em torno de 1 bilhão de reais.

Aquisições

Em 2010 a empresa investiu 450 milhões de reais na aquisição de imóveis. A expectativa para 2011 é semelhante. “Ficariamos felizes de, pelo menos, repetir o ano de 2010”, disse Russo. O foco segue em imóveis nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, onde estão os grandes locatários, segundo o diretor.

No primeiro trimestre, a empresa obteve 46,7 milhões de reais em receita líquida com locações. O valor indica um crescimento de 41,5% em relação ao mesmo período de 2010 e refere-se a atualização de contratos de locação antigos. “Colocamos na valor de mercado nossos contratos de locação. Temos imóveis há muitos anos, cujos contratos estão vencendo numa época em que os preços de locação estão maiores”, disse Russo.

A empresa também preocupa-se com a subida da inflação, mas diz estar protegida para esse cenário, uma vez que seus contratos de locação tem cláusulas de reajuste anual segundo a inflação – em 90% o índice usado é o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M). “É lógico que ninguém gosta de inflação alta por muito tempo, mas alta por um, dois anos... Estamos protegidos desse efeito e tem um efeito na nossa receita”, disse Russo.

A empresa registrou ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) de 39 milhões de reais, 35% superior ao mesmo período de 2010. A margem ebitda foi de 84%. Desde março de 2010, o portfólio da São Carlos teve valorização de 43%, totalizando 41 imóveis. Dessa forma, o portfólio de imóveis da companhia passa a ter valor de mercado estimado de 2,24 bilhões de reais, em comparação com 1,76 bilhão de reais registrado em março de 2010.
 

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