Santander: banco espanhol anunciou esta semana que está buscando pequenas empresas que mudem o relacionamento entre instituiç~eos financeiras e clientes (Getty Images)
Reuters
Publicado em 26 de janeiro de 2017 às 08h32.
Última atualização em 26 de janeiro de 2017 às 10h06.
São Paulo - O Santander Brasil revisou para baixo uma meta de rentabilidade de longo prazo, indicando os desafios à frente do maior banco estrangeiro em operação no país, apesar do lucro recorde no quarto trimestre.
Em uma apresentação após a divulgação do resultado do quarto trimestre nesta quinta-feira, o banco estabeleceu meta de retorno sobre o patrimônio de 15,6 por cento até dezembro de 2018, ante meta anterior de cerca de 17 por cento.
As outras metas não foram alteradas, incluindo o objetivo de chegar a dezembro de 2018 com uma inadimplência em linha com os rivais, conforme o presidente-executivo Sergio Rial busca reduzir a diferença com rivais maiores melhorando a experiência do cliente, mantendo um controle sobre as despesas e mirando áreas mais rentáveis.
A gestão de Rial gerou um crescimento recorde de lucros durante o ano passado, apesar da recessão mais acentuada do país e do impacto de um ciclo de crédito que levou a inadimplência para níveis recorde.
O Santander Brasil divulgou lucro acima do esperado no quarto trimestre mais cedo nesta quinta-feira, refletindo uma alta na receita com tarifas e queda nas provisões para crédito de liquidação duvidosa.
O lucro líquido gerencial de 1,989 bilhão de reais para o quarto trimestre, seu melhor resultado trimestral, ante consenso entre analistas de lucro de 1,613 bilhão de reais. No mesmo período de 2015, registrou lucro de 1,607 bilhão de reaisA receita com serviços financeiros, ou receita com tarifas, saltou 12 por cento em relação ao trimestre anterior, ajudando a ofuscar o declínio de 5 por cento na receita com juros. As despesas cresceram ligeiramente abaixo da inflação, enquanto as provisões caíram 6 por cento na comparação trimestral devido a controles mais rígidos de risco de crédito.
O banco registrou índice de inadimplência de operações de crédito vencidas há mais de 90 dias de 3,4 por cento ante 3,2 por cento no mesmo período de 2015 e de 3,5 por cento no terceiro trimestre.