Imagem de arquivo: Considerando a variação cambial, o aumento foi de 4%. (Dan Kitwood/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 31 de outubro de 2018 às 07h12.
Última atualização em 31 de outubro de 2018 às 08h01.
Londres - O Grupo Santander registrou lucro de 1,99 bilhão de euros no terceiro trimestre do ano. Conforme divulgação feita há pouco pelo conglomerado espanhol, o resultado é 36% maior do que o visto em igual período do ano passado. Na ocasião, explica a instituição financeira, houve um impacto pontual com encargos da ordem de 515 milhões de euros, incluindo 300 milhões de euros da reestruturação do Banco Popular, adquirido no ano passado. Levando em consideração o euro constante, o lucro antes dos impostos de julho a setembro do grupo subiu 17%, para 3,75 bilhões de euros. Considerando a variação cambial, o aumento foi de 4%.
No ano até setembro, o lucro atribuído do conglomerado foi de 5,742 bilhões de euros, um acréscimo de 28% considerando-se o euro constante e de 13% com variação cambial. De acordo com a instituição, o resultado se deu com o "forte crescimento das receitas em diversos mercados, incluindo Brasil, Espanha, México e Portugal, combinados com melhorias na qualidade de crédito, que mais do que compensaram o impacto da depreciação da taxa de câmbio em relação ao euro em certas moedas, incluindo o peso argentino".
O Santander também informou que o lucro antes de impostos nos nove meses aumentou 23% em termos anuais e em euros constantes, para 11,23 bilhões de euros, com o lucro subjacente aumentando em oito dos 10 mercados do grupo. O resultado bruto nos primeiros nove meses de 2018 aumentou 9% em euros constantes, para 35,882 milhões de euros.
Em termos de clientes, o conglomerado destacou que sua base de "clientes fiéis" (os que consideram o Santander sua principal ou única instituição financeira) subiu em mais de 3,1 milhões nos últimos 12 meses em todas as praças em que atua. O número de clientes que usam os serviços digitais do banco atingiu 29,9 milhões este ano, uma expansão de 24%, conforme a instituição.
O Santander destacou ainda que a qualidade do crédito melhorou durante o trimestre, com o coeficiente de crédito vencido (NPL, na sigla em inglês) em 3,87%, 0,37 ponto porcentual (pp) inferior a 30 de setembro de 2017. Já o custo do crédito caiu 0,14 pp no mesmo período, para 0,98%. "O Grupo continua sendo um dos bancos mais rentáveis e eficientes entre seus pares, com retorno sobre o patrimônio tangível (RoTE) de 11,7% e um índice custo/benefício de 46,9%", pontuou a instituição.
O coeficiente do Grupo CET1 (uma medida de Basileia) alcançou 11,11% em 30 de setembro de 2018, um aumento de 31 pontos base no trimestre, que, segundo a instituição, foi impulsionado pela forte geração de capital orgânico. O Santander informou, por fim, que continua no caminho para aumentar o lucro por ação em dois dígitos em 2018. Em comparação com o segundo trimestre de 2018, o Valor Líquido do Ativo Tangível por ação aumentou 1,5%, para 4,16 euros.