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Santander rompe acordo de compra com Royal Bank of Scotland

O motivo para a desistência é o previsível atraso na execução do acordo


	Santander: o grupo previa que a operação seria concluída em 2011
 (Pedro Armestre/AFP)

Santander: o grupo previa que a operação seria concluída em 2011 (Pedro Armestre/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2012 às 12h50.

Madri - O Grupo Santander confirmou nesta segunda-feira que não comprará os cerca de 300 escritórios no Reino Unido do Royal Bank of Scotland (RBS) e do Natwest, devido ao previsível atraso na execução do acordo.

Em comunicado emitido hoje à Comissão Nacional da Bolsa de Valores (CNMV), órgão regulador espanhol, o Santander explicou que o acordo "fica sem efeito" devido à "previsível falta de cumprimento" dentro do prazo determinado, que acabava em fevereiro de 2013, das condições estipuladas.

O acordo feito em agosto de 2010 entre o Santander Reino Unido e o RBS para a compra das filiais por parte da filial britânica do grupo previa que a operação seria concluída em 2011, embora em agosto desse ano a data do fechamento foi prorrogada até o quarto trimestre de 2012.

Segundo explicou o Santander, a prioridade de sua filial britânica neste processo foi "assegurar uma transição adequada para os clientes das filiais afetadas".

No entanto, acrescentou o grupo, "levando em conta os atrasos do processo de integração, o Santander UK concluiu que não é possível alcançar esse objetivo em um prazo razoável".

A ruptura do acordo foi adiantada na sexta-feira pelo Royal Bank of Scotland, cujo executivo-chefe, Stephen Hester, disse que era "decepcionante" que o Santander tenha "decidido se retirar da transação" e que o banco procura um novo comprador.

O RBS, que sofreu uma intervenção do governo britânico, estava há mais de dois anos trabalhando na operação depois que a Comissão Europeia exigiu que a instituição vendesse estas filiais antes de 2014 como uma das multas impostas pelo resgate de 45 bilhões de libras que recebeu do Estado britânico. 

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