Negócios

Santander pede 'segunda rodada' de investimento na América Latina

Objetivo é não perder a vantagem competitiva na região

Luzon advertiu que se as companhias não mantiverem e renovarem seus empreendimentos na região é provável que em dez ou 15 anos percam a vantagem competitiva (João Raposo/VOCÊ S/A)

Luzon advertiu que se as companhias não mantiverem e renovarem seus empreendimentos na região é provável que em dez ou 15 anos percam a vantagem competitiva (João Raposo/VOCÊ S/A)

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Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2011 às 09h58.

Madri - O conselheiro e diretor-geral do Banco Santander, Francisco Luzon, pediu nesta quarta-feira às empresas espanholas que façam uma 'segunda rodada' de investimentos na América Latina para não perder a vantagem competitiva na região, o que também pode representar uma saída a crise no mercado de trabalho espanhol.

Durante o discurso no 13º Fórum Latibex, Luzon advertiu que desde 2005 a Espanha desacelerou seu investimento na região, em um momento em que o bloco cresce de forma mais estável e o restante do mundo e as empresas concorrentes investem maciçamente.

Luzon advertiu que se as companhias não mantiverem e renovarem seus empreendimentos na América Latina é provável que em dez ou 15 anos percam a vantagem competitiva em um dos polos de crescimento da economia mundial.

O diretor do Santander pediu reflexão sobre as consequências de ter colocado a América Latina na 'periferia' do investimento espanhol e pediu que a região 'esteja no centro das prioridades da política de internacionalização da Espanha'.


'Todas as empresas espanholas devem voltar a investir nesses países em benefício próprio, em benefício da Espanha e em benefício da região', declarou Luzon.

Ele destacou que há 'claras possibilidades' de enviar para a região capital humano 'recém- saído das universidades e profissionais mais experientes'.

Luzon detalhou que entre 1993 e 2000 as grandes empresas espanholas investiram na região 76 bilhões de euros e se mantiveram ali apesar das crises macroeconômicas.

Entre 2005 e junho deste ano, no entanto, os investimentos espanhóis na zona equivalem aos feitos somente no ano de 1999.

Desde o início da crise, os fluxos líquidos de investimento ficaram abaixo dos 2 bilhões de euros anuais, lamentou Luzon, quem ressaltou que os Estado Unidos e a China investiram três vezes mais do que a Espanha.

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