Negócios

Santander não esteve à venda na minha gestão, diz Portela

Executivo falou com a imprensa pela última vez como presidente das operações brasileiras do banco


	Marcial Portela, do Santander: executivo apresentou seus últimos números como presidente da operação brasileira
 (Exame)

Marcial Portela, do Santander: executivo apresentou seus últimos números como presidente da operação brasileira (Exame)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 25 de abril de 2013 às 12h16.

São Paulo – O Santander Brasil apresentou lucro 14,4% menor no primeiro trimestre do ano na comparação com o mesmo período do ano passado, somando 1,5 bilhão de reais. O resultado foi apresentado um dia depois de Marcial Portela renunciar ao cargo de presidente do banco no país. A saída do executivo, no entanto, há meses já estava sendo negociada na instituição financeira e trata-se de um movimento planejado muito tempo atrás.

“Estou contente com tudo que temos feito no mercado brasileiro e estou deixando o banco em uma situação muito positiva. Sobre as especulações de que o Santander esteve à venda no Brasil, posso garantir que durante a minha gestão não teve conversa nenhuma sobre isso. Nem houve oferta de compra”, afirmou o executivo, que falou pela última vez com a imprensa, nesta quinta-feira, como presidente do banco no país. Portela vai ocupar a função de presidente do conselho do banco no Brasil.

Portela admitiu que o contrário, no entanto, chegou a acontecer. “O Santander no Brasil está acostumado a comprar ativos e tivemos algumas oportunidades durante os três anos que estive como presidente do banco. Tivemos chance no ramo de seguros e sempre que tiver alguma oportunidade, o Santander vai continuar analisando”, disse.

O Santander nomeou, como o novo executivo-chefe do banco no Brasil, Jesús Zabalza, que ocupava o cargo de diretor-geral da divisão do grupo para a América. O executivo desempenhou cargos executivos em diferentes entidades bancárias espanholas (BBV, Argentaria, La Caixa) e, desde 2002, está na função que ocupava antes de ser nomeado presidente.

Resultados

O Brasil responde por 26% das operações do Santander no mundo – é a maior na comparação com outros mercados em que o banco está presente. No primeiro trimestre do ano, o lucro do banco cai 14,4%, totalizando 1,5 bilhão de reais. Segundo Portela, a inadimplência maior foi uma das principais razões da queda dos ganhos no período.

A carteira de crédito do banco cresceu 8,3% no trimestre na comparação com o mesmo período do ano passado, totalizando 256,2 bilhões de reais. O montante, no entanto, ficou estável em relação ao trimestre anterior. “Nossa carteira deve crescer entre 10% e 15% neste ano, o ideal é que aumento pelo menos 10%”, disse Portela.

A inadimplência do banco acima de 90 dias cresceu 1 ponto percentual no período, chegando a 5,8%. Com o índice maior, as despesas de PDD do Santander também cresceram no primeiro trimestre, totalizando 3,3 bilhões de reais. Já as despesas gerais caíram 5,8% na comparação com o mesmo período do ano anterior, totalizando 3,8 bilhões de reais.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas abertasSantanderBancosEmpresas espanholasLucroFinanças

Mais de Negócios

De olho na próxima geração de líderes, Saint Paul lança graduação inédita em Administração

Com nova experiência, Smiles dobra oferta de hotéis que rendem milhas

Ela perdeu o emprego e decidiu recomeçar. Hoje lidera um grupo de R$ 4 milhões

Consumo de refrigerantes cai na América Latina em 2024, aponta pesquisa