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Santander lucra US$ 1,34 bilhão na América Latina no 1º trimestre do ano

O lucro do grupo na América Latina corresponde a 53,5% do total que o grupo arrecadou no mundo todo

Santander: o Brasil é a principal fonte do lucro com US$ 826,89 milhões (Angel Navarrete/Bloomberg)

Santander: o Brasil é a principal fonte do lucro com US$ 826,89 milhões (Angel Navarrete/Bloomberg)

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EFE

Publicado em 24 de abril de 2018 às 10h52.

Madri - O banco espanhol Santander obteve um lucro líquido de US$ 1,342 bilhão na América Latina entre os meses de janeiro e março de 2018, um valor 23% maior que no mesmo período do ano anterior.

O banco informou nesta terça-feira que o lucro foi proporcionado, principalmente, pela boa evolução da margem de juros e comissões, um reflexo do crescimento dos negócios.

Esse lucro já representa mais da metade dos US$ 2,51 bilhões que o grupo arrecadou no mundo todo, concretamente 53,5%, de acordo com os dados remetidos pela entidade financeira ao supervisor espanhol dos mercados, a Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) do país.

O Brasil se manteve como a principal fonte desse lucro, inclusive à frente da Espanha, já que apresentou 61,6% do mesmo, com US$ 826,89 milhões, um valor 6,8% superior em comparação com o primeiro trimestre de 2017.

Isto foi possível, segundo a entidade, graças ao fato de a economia brasileira ter apresentado uma recuperação no quarto trimestre de 2017, com base no consumo privado e nos investimentos.

Também contribuiu para o aumentos dos lucros do banco espanhol uma taxa de inflação que se manteve moderada, em 2,7% em março, abaixo da meta estabelecida pelo Banco Central (Bacen), que manteve sua política de redução da taxa básica de juros, até chegar a 6,5%, a mínima histórica.

Segundo o Santander, o foco de suas atividades no Brasil se manteve na rentabilidade e sua prioridade se concentrou em melhorar a experiência e a satisfação dos clientes.

Depois do Brasil, a segunda posição relativa ao lucro líquido do banco espanhol ficou com o México, com US$ 213,75 milhões, um valor 6,9% superior. Nesse país, a estratégia se concentrou na "transformação comercial, na inovação multicanal, na digitalização e na vinculação e atração de novos clientes".

Além disso, o Santander conseguiu acelerar a concessão de créditos, com 16% de nova produção em empresas e 7% a mais em pequenas e médias empresas.

No Chile, o lucro líquido foi de US$ 184,43 milhões, 2,2% a mais em relação ao primeiro trimestre de 2017; enquanto na Argentina o resultado retrocedeu 38,5% e ficou em US$ 80,61 milhões.

Dentro do continente americano, o Grupo Santander também opera nos Estados Unidos, onde ganhou US$ 184,43 milhões, 31,6% a mais que no ano anterior.

Os empréstimos e antecipações brutas aos clientes do grupo na América Latina somaram US$ 189,99 bilhões nos três primeiros meses do ano, 4,9% a menos que em 2017; enquanto os recursos dos clientes - que somam depósitos e investimentos em fundos - aumentaram até US$ 246,42 bilhões, 2,3% a mais no ano anterior.

A inadimplência ficou em 4,43% no fechamento de março na América Latina, após melhorar em 0,07%, com uma cobertura de 98,4%; enquanto nos EUA foi de 2,86%, e a cobertura, de 169%.

O quadro de funcionários do grupo na América Latina aumentou em pouco mais de 3.600, para 89.527. Já nos EUA, o banco perdeu 432 funcionários e ficou em 17.247.

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