São Paulo – Depois de anos de parceria na captura de transações eletrônicas, o banco Santander Brasil acaba de anunciar a compra do controle da empresa GetNet, em um acordo que envolve 1,1 bilhão de reais.
Com 11 anos de história, a GetNet foi uma das primeiras companhias do país a desenvolver soluções em tecnologia e serviços que envolvem transações eletrônicas.
Desde 2010 a empresa atuava junto ao Santander com os serviços de captura e processamento de transações com cartões.
Foi com a ajuda da empresa que o Santander conquistou 6% de participação de um mercado promissor, até então disputado apenas pela Cielo e Redecard (adquirida pelo banco Itaú e rebatizada de Rede no ano passado).
Diferente das concorrentes, o banco espanhol começou a atuar com foco em pequenas e médias empresas para depois começar a conquistar grandes contas, como as grandes redes de varejo.
Apenas no ano passado, o faturamento do banco com adquirência saltou 67% e somou 42 bilhões de reais.
Com a compra, o Santander terá maior flexibilidade na gestão do negócio, sobretudo para definir sozinho os investimentos e a estratégia comercial, bem como cortar custos quando preciso e buscar sinergiais com outras áreas do banco. Armas suficientes para que a companhia dispute de igual o mercado com as concorrentes.
Como fica agora
Com a aquisição, a atividades serão agrupadas sob o comando da empresa Santander GetNet Serviços. A nova empresa deixa de ser uma joint venture e terá como composição acionária 88,5% de participação do Santander Brasil e 11,5% em nome dos ex-controladores da GetNet.
Além de adquirência, a nova companhia terá outros tipos de produtos e serviços, como recarga de telefonia celular, bilhetagem, correspondente bancário.
“A GetNet contava com 100.000 clientes que usavam esses serviços e que agora serão transferidos para a empresa fruto da aquisição”, afirmou Pedro Coutinho, vice-presidente executivo de novos negócios do Santander Brasil.
Novos produtos da área de adquirência serão lançados dois produtos ainda neste mês.
Daqui pra frente
A GetNet tem 2.700 funcionários - no Santander o setor contava apenas com 60 funcionários - e todos serão absorvidas pela nova companhia, segundo Coutinho explicou na teleconferência com jornalistas logo após o anúncio da aquisição.
"O banco tomou a decisão de não dar guidance", disse ele. "Mas já sabemos que a empresa terá investimentos em novos produtos, inclusive com ideias tiradas de negócios semelhantes que possuimos no mundo todo", afirmou Coutinho.
Segundo o executivo, a área de infraestrutura que a GetNet já possuia tem capacidade de crescer em até dez vezes a base de operações. A GetNet faz hoje 500 milhões de transações com cartões em todo o país.
"Não faz parte do planejamento estratégico da empresa abrir o capital nos próximos anos", disse o vice-presidente.
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1. Vermelho histórico
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1/11 (Dado Galdieri/Bloomberg)
São Paulo - A consultoria Economática divulgou uma lista das empresas que apresentaram os piores prejuízos da história das companhias abertas do Brasil desde 1986. Metade desses dez piores resultados foi reportado por bancos – liderados pelo Banco do Brasil, cujos prejuízos de 1996 e 1995 somados atingem quase R$ 12 bilhões. A seguir, confira a lista completa.
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2. Banco do Brasil
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2/11 (Adriano Machado)
Em 1996, o Banco do Brasil não apenas teve o maior prejuízo de sua história, como o pior resultado das companhias abertas do país desde 1986: R$ 7,526 bilhões, segundo a Economática.
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3. Banco Nacional
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3/11 (Luísa Melo/Exame.com)
O segundo maior prejuízo registrado nos últimos 27 anos, de R$ 7,325 bilhões, foi o do já extinto banco Nacional, em 1995. Naquele mesmo ano, os ativos do banco foram comprados pelo Unibanco, que se juntou ao Itaú em 2008.
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4. Eletrobras
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4/11 (Adriano Machado/Bloomberg)
Por dois anos seguidos a Eletrobras acumulou o terceiro e quarto lugar entre os piores prejuízos desde 1986, de acordo com a Economática. Em 2012, a empresa de energia teve uma perda de R$ 6,879 bilhões e, em 2013, o prejuízo ficou em R$ 6,287.
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5. Banco do Brasil
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5/11 (ALAN MARQUES)
O Banco do Brasil aparece novamente entre os dez piores prejuízos, agora em quinto lugar. Em 1995, o
banco acumulou a perda de R$ 4,253, segundo a consultoria Economática.
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6. Aracruz
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6/11 (Arquivo/EXAME.com)
Um ano antes de se unir a VCP, em setembro de 2009, e formar assim o grupo Fibria, maior do setor de celulose no mundo, a Aracruz Celulose acumulou o maior prejuízo da sua trajetória e o sexto maior das empresas de companhia aberta no Brasil, desde 1986: R$ 4,213 bilhões. Boa parte da perda foi atribuída a operações mal sucedidas com derivativos.
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7. Cesp
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7/11 (Marcos Issa/Bloomberg News)
A companhia Energética de São Paulo (Cesp), empresa que operou por anos a usina Três Irmãos, é dona do sétimo pior prejuízo das empresas: R$ 3,418 bilhões, acumulados no ano de 2002.
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8. Varig
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8/11 (Paulo Fridman/Bloomberg News)
Tida como uma das maiores companhias aéreas privadas do mundo até a década de 70, a Varig (Savarg, na bolsa) acumulou um prejuízo de R$ 2,868 bilhões em 2002. Depois de passar por um processo de recuperação judicial inédito no país, a companhia teve sua parte ainda rentável isolada e vendida para a Varig Logística, depois cedida para a Gol.
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9. Banestado
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9/11 (Sérgio Moraes/Reuters)
O Banco do Estado do Paraná protagonizou um dos maiores rombos financeiros do Brasil, em que altas remessas de dinheiros eram desviadas para fora do país por meio de contas correntes abertas em nome de pessoas que não existiam. A fraude teria levado o banco a acumular R$ 2,861 bilhões, em 1998, depois anos antes do Banestado ser vendido ao Itaú.
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10. Banco do Nordeste
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10/11 (Wikimedia Commons)
O décimo lugar entre os piores prejuízos de companhias brasileiras listadas em bolsa desde 1986 é o do banco estatal do Nordeste, acumulado em 2001 de R$ 2,543 bilhões.
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11. Agora, relembre os deslizes das empresas em 2013
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11/11 (Douglas Engle/Bloomberg News)