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Sankhya faz nova aquisição, a quinta em três anos, para acelerar plano de R$ 1 bilhão em 2025

A empresa mineira de sistema de gestão está indo a mercado para ampliar a sua oferta de produtos e serviços

André Britto, da Sankhya: vamos comprar, no minímo, mais duas operações em 2024 para acelerar o nosso planejamento (Sankhya/Divulgação)

André Britto, da Sankhya: vamos comprar, no minímo, mais duas operações em 2024 para acelerar o nosso planejamento (Sankhya/Divulgação)

Marcos Bonfim
Marcos Bonfim

Repórter de Negócios

Publicado em 7 de dezembro de 2023 às 08h58.

Última atualização em 7 de dezembro de 2023 às 14h06.

A Sankhya está trazendo uma nova startup para dentro da operação que deve faturar mais de R$ 400 milhões neste ano. A mineira, de Uberlândia, oferece sistema de gestão para empresas, o ERP, e compete no mercado de companhias como Totvs e SAP.

A mais nova aquisição é a Mindsight, plataforma de RH que acompanha todo o percurso dos funcionários nas empresas, da contratação ao desligamento. No mercado desde 2015, a HRtech se destaca por oferecer análises detalhadas sobre o ritmo de evolução dos colaboradores.

O negócio foi fundado por Thaylan Toth, profissional com experiência em áreas de recursos humanos na Stone e na Fundação Estudar. Com um time de 100 profissionais, a startup tem crescido cerca de 80% ao ano. Os seus serviços são usados por 400 empresas, como XP, Grant Thorthon, iFood, Suzano, Stone, Energisa, Itaú, Azul, e Ri Happy. 

A negociação levou cerca de cinco meses para ser concretizada e seguiu o mesmo script que a Sankhya adotou nas outras quatro aquisições. A empresa assume o controle do negócio, com a compra de 51% a 70% da participação. Com isso, mantém o fundador no time e na liderança da operação. 

Os valores do acordo não foram divulgados.

Como a aquisição se insere na estratégia de chegar a R$ 1 bilhão

O movimento de compras pela Sankhya alimenta a ambição da empresa de chegar ao R$ 1 bilhão em faturamento em 2025, valor definido como base para uma futura abertura de capital. Fundada pelos irmãos Felipe Calixto e Fábio Túlio, a companhia andou sozinha por mais de 30 anos.

Em 2020, a mineira captou o seu primeiro e único capital externo até o momento. O dinheiro veio do fundo soberano de Singapura, o GIC, e marcou uma guinada na estratégia. Esse recursos, somados ao próprio caixa gerado pela companhias, têm sustentado o processo de compras.

O objetivo é ser uma empresa no modelo one-stop-shop,  ou seja, criar um ecossistema de soluções para que os seus clientes tenham todas as soluções no mesmo lugar. “Nós estamos fazendo as aquisições para complementar os braços e segmentos da jornada do cliente que ainda não temos”, afirma André Britto, CFO da Sankhya.

Quais as outras empresas que a Sankhya comprou

A empresa atua no chamado middle market, atendendo, principalmente, companhias com faturamento anual entre R$ 10 milhões e R$ 500 milhões.

No portfólio de mais de 20 mil clientes, estão negócios de setores como industrial, atacado e distribuição e serviços como Flormel, Cepêra, NatuHair, Rommanel e Algar Telecom.

Antes da chegada da Mindsight, a empresa já adquiriu:

  • A catarinense Meetime, uma plataforma de sales engagement – no popular, uma ferramenta que estrutura dados como e-mail, telefone e LinkedIn de pessoas que podem se tornar potenciais clientes para um contato mais personalizado
  • A paulistana Ploomes, uma empresa de CRM com a proposta de oferecer canais mais fluídos para o relacionamento com cliente
  • A mineira Neppo Tecnologia, startup com a oferta de soluções de omnicanalidade
  • A paulistana PontoTel, uma plataforma para gestão e controle de ponto

Quais são os resultados até agora

À medida que cada novo negócio começa a fazer parte do grupo, a empresa estrutura a integração dos produtos para estimular a venda cruzada das tecnologias oferecidas por cada uma das unidades do negócio.

“Duas empresas que investimos há mais de um ano, por exemplo, já dobraram de tamanho porque nós temos as nossas as redes e canais de vendedores espalhados pelo Brasil. Por isso, conseguimos acelerar muito o crescimento”, diz o executivo.

Segundo Britto, as operações novas têm crescido em um ritmo em torno de 40%, ao passo que a expansão orgânica deve ficar em 30% neste ano. O negócio como um todo deve fechar com  R$ 400 milhões em 2023, 36% a mais do que em 2022.

Para acelerar os números e alcançar R$ 600 milhões em 2024, conforme o planejamento, outras aquisições já estão sendo analisadas. 

A expectativa é de que a companhia anuncie, pelo menos, mais dois negócios. No radar, estão empresas com soluções de  fintech e ainda verticais que reforcem a atuação em ERP, como produtos de comércio exterior ou soluções tributárias.

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