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Samsung rejeita acusações de propina em caso de corrupção

O Ministério Público sul-coreano emitiu nesta segunda-feira uma ordem de detenção contra o vice-presidente e herdeiro do grupo

Samsung: "Nunca oferecemos apoio em troca de favores" (Daniela Barbosa/EXAME.com)

Samsung: "Nunca oferecemos apoio em troca de favores" (Daniela Barbosa/EXAME.com)

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EFE

Publicado em 16 de janeiro de 2017 às 08h55.

Seul - O grupo Samsung disse nesta segunda-feira que é "difícil de entender" a ordem de prisão contra seu presidente 'de facto', Lee Jae-yong, e rejeitou as acusações de que teria pago propina realizadas pelo Ministério Público da Coreia do Sul no caso de corrupção envolvendo a presidente do país, que ficou conhecido como "Rasputina".

"É especialmente difícil de entender a afirmação dos promotores de que foram pedidos favores em relação com o acordo de fusão e a transferência na gestão dos negócios. Acreditamos que o tribunal tomará a decisão correta", explicou a empresa em comunicado.

O Ministério Público sul-coreano emitiu nesta segunda-feira uma ordem de detenção contra o vice-presidente da Samsung Electronics e herdeiro do grupo sul-coreano por considerar que este realizou doações multimilionárias a organizações controladas por Choi Soon-il, apelidada de "Rasputina" e amiga íntima da presidente do país, Park Geun-hye, em troca de favores.

Os promotores suspeitam que a empresa fez esses pagamentos para conseguir que o Serviço Nacional de Pensões, controlado pelo governo e acionista de uma empresa do grupo, aprovasse em 2015 a fusão desta e de outra subsidiária da Samsung promovida pela família Lee, mas criticada por um fundo investidor de alto risco.

"Nunca oferecemos apoio em troca de favores", insistiu a companhia no comunicado.

Lee admitiu à promotoria que o conglomerado realizou as transações em favor de Choi, mas negou o tempo todo que as doações estivessem relacionadas com a aprovação da fusão mencionada.

O empresário de 48 anos ocupa o cargo de vice-presidente da Samsung Electronics, mas assumiu as rédeas de todo o conglomerado em outubro, depois que seu pai, Lee Kun-hee, sofreu um infarto.

Coincidindo com a ordem de detenção emitida hoje, as ações da maioria das empresas do grupo Samsung, o maior conglomerado do país, caíram na Bolsa de Seul.

A Samsung Electronics, a mais importante do grupo, despencou 2,14%, enquanto Samsung Engineering, Samsung Heavy Industries, a fabricante de baterias Samsung SDI e a construtora Samsung C&T (protagonista da mencionada fusão de 2015), caíram 3,43%, 0,95%, 3,4% e 0,78%, respectivamente.

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