O presidente-executuvo da Apple, Steve Jobs: licença médica já abala ações da companhia (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 18 de janeiro de 2011 às 12h10.
Seul - As ágeis empresas asiáticas de tecnologia, lideradas pela Samsung Electronics, parecem bem posicionadas para desacelerar o sucesso frenético da Apple, depois que notícias de que o visionário presidente-executivo da empresa, Steve Jobs, tirará uma licença médica abalaram as ações da companhia.
A mais recente licença médica de Jobs, a terceira desde 2004, surge no momento em que a mais valiosa empresa de tecnologia do mundo enfrenta sua mais grave ameaça, vinda do Google com o seu sistema operacional Android para celulares, que vem conquistando crescimento acelerado como escolha preferencial para os rivais tanto do iPhone quanto do iPad.
A Samsung, que está na dianteira da longa linha de rivais determinados a deter o sucesso cada vez maior da Apple nos celulares inteligentes e tablets, é vista como a maior das ameaças, e suas ações subiram em três por cento e estabeleceram novo recorde, em parte com a ajuda dessas expectativas.
"Não haverá mudanças fundamentais na Apple, mas a notícia de que Jobs está tirando licença pode prejudicar as ações da empresa por motivos psicológicos, e oferecer uma oportunidade para que os investidores realizem os lucros obtidos com as ações, depois da grande alta recente", disse Lee Seung-woo, analista da Shinyoung Securities.
"A Samsung representa a melhor alternativa para investidores que desejem exposição ao setor de tecnologia, porque no momento é a maior ameaça à Apple", acrescentou.
O anúncio da Apple --uma surpresa acontecida em um feriado no qual os mercados estavam fechados-- causou queda de mais de seis por cento em suas ações nos mercados europeus na segunda-feira. Elas registram alta de 62 por cento nos últimos 12 meses na bolsa Nasdaq.
A Samsung, sob a liderança da família Lee, se tornou uma das maiores marcas mundiais, nos últimos 10 anos, e no momento detém valor de mercado de 136 bilhões de dólares, o que equivale aos valores somados da Sony, Nokia, Toshiba e Panasonic.
Ainda assim, seu valor de mercado é inferior aos 320 bilhões de dólares atingidos pela Apple.